Mamona, atual campeã europeia da especialidade, perdeu o lugar na 'finalíssima' dos últimos três saltos mesmo no ensaio final da espanhola Ana Pelleteiro, a relegar a portuguesa de oitava para nona.

Com um nulo a abrir, Mamona marcou depois a 14,04 e finalmente melhorou para 14,12, o que já se pressentia poder ser insuficiente, tal a qualidade do concurso.

Susana Costa tinha sido a grande surpresa, nas qualificações, com um recorde pessoal a 14,35. Não conseguiu reencontrar-se com esse nível e hoje registou um nulo, 13,99 e 13,97.

Esta foi a segunda vez consecutiva que Portugal colocou duas atletas numa grande final do triplo: no Rio2016, Patrícia Mamona foi sexta (com recorde nacional a 14,65) e Susana Costa foi nona.

Isto levou a que Patrícia Mamona saísse frustrada por ter ficado fora das oito primeiras, admitindo que foi demasiado cautelosa.

"Senti que devia estar lá, senti que tinha potencial para estar lá, mas o primeiro salto que eu fiz, o nulo, deixou-me assim um bocadinho nervosa porque tinha de me qualificar. Tentei jogar pelo seguro nos outros saltos, [mas] não seguro suficiente", explicou, no final da prova.

Para a triplista, esta eliminação 'precoce' na primeira final mundial da sua carreira teve um "sabor a derrota", agravado por não ter alcançado o outro objetivo que tinha para esta competição, o de bater o seu recorde nacional, 14,65 metros

Mamona, atual campeã europeia, perdeu o lugar na 'finalíssima' dos últimos três saltos mesmo no ensaio final da espanhola Ana Pelleteiro, que fez 14,12 e relegou a portuguesa para o nono lugar.

"Acho que este ano merecia um recorde pessoal e esperava que hoje fosse o dia, estava a sentir-me muito bem. O meu dia há de chegar, espero que seja num campeonato", disse.

"Aprendi que se calhar tenho de controlar os meus nervos um bocadinho mais e se calhar tenho de arriscar um bocadinho mais porque, depois de fazer um nulo, em vez de continuar com a mesma atitude de conseguir ir para além, resguardei-me um bocadinho e se calhar foi demasiado para o que devia ser", acrescentou.

Para Susana Costa, que se ficou pelo 11º. lugar entre as 12 finalistas, este foi um concurso difícil, marcado pelos problemas físicos.

"Lutei até ao fim, o que deu, como deu. Eu sabia que se se fizesse uma boa corrida e que se entrasse bem, era possível. Tentei fazê-lo, hoje não consegui, mas acredito que, com trabalho, com dedicação, vou-me superar", prometeu.

Depois de ter lutado com lesões durante a época que dificultaram conseguir os mínimos para estes Mundiais, provou a sua capacidade na prova de qualificação, no sábado, quando saltou 14,35, um novo recorde pessoal.

Na final, o melhor salto foi de 13,99, mas sempre em sofrimento, com dores, e só continuou graças ao estímulo do treinador, que lhe disse: "Luta".

Susana Costa assegura: "Não estou a dar desculpa das dores. Na qualificação também estava com dores. Acredito que mais coisas vou conseguir fazer. Hoje sei o que posso fazer".