“Em princípio, terei de dar continuidade a este trabalho. Não é momento do Gil Vicente ter vazios diretivos, porque esta gestão é muito sensível e tem de ser muito bem acompanhada. O clube recuperou a imagem, valorizou-se e está a resolver os problemas com dignidade, mas as eleições condicionam a preparação da próxima época”, frisou o dirigente, numa conversa promovida pelos minhotos nas redes sociais.
O sufrágio deveria ter ocorrido em 30 de março e foi suspenso duas semanas antes, devido à pandemia de covid-19, sem candidaturas anunciadas e em articulação com as recomendações das autoridades sanitárias, tendo recebido uma nova convocatória na quarta-feira, assinada pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Fernando Sineiro.
“Ainda não decidi nem disse que sim, mas não vale a pena estar com muitos rodeios. Pensando eu que ninguém vai querer assumir a responsabilidade, se não aparecer outra candidatura naturalmente que terei de dar continuidade, caso contrário seria uma desgraça para o clube e era inglório o esforço que se fez até aqui”, manifestou.
As listas completas candidatas aos corpos sociais deverão ser entregues ao presidente da Mesa da Assembleia-Geral e entregues nos serviços administrativos do Gil Vicente até às 18:00 horas de 09 de junho, nove dias antes do ato eleitoral, que deverá ocorrer entre as 10:00 e as 20:00, no Estádio Cidade de Barcelos.
“Temos mais ou menos a receita para o clube se tornar estável. Esta direção enveredou pelo caminho mais difícil, quando havia condições para se ter vendido a SAD e o clube tinha resolvido os seus problemas. Não foi a nossa opção e aguardaremos mais duas semanas para perceber como será o futuro do Gil Vicente”, apontou.
Apelando à fasquia dos 10.000 associados, Francisco Dias da Silva sublinhou a importância de os minhotos se manterem na elite do futebol português por “longos anos”, de modo a preservarem uma “situação financeira controlada”, enquanto promete reforçar “a aposta em infraestruturas” que assegurem a sustentabilidade das camadas jovens.
“O balanço deste mandato é positivo. Ainda não é aquilo que gostávamos de ter conseguido, mas fomos dando passos num contexto difícil, como a reintegração, as obras e todo o investimento feito para reingressarmos na I Liga. A campanha está a ser boa, mas há um longo caminho a percorrer com controlo e responsabilidade”, analisou.
Francisco Dias da Silva reassumiu a liderança do Gil Vicente em maio de 2017, após uma passagem inicial na temporada 1989/90, que consagrou uma subida inédita dos minhotos ao escalão principal.
O líder gilista sucedeu ao atual presidente honorário António Fiúsa, que decidiu encerrar um ciclo de 13 anos à frente dos ‘galos’, marcados pela reintegração administrativa do Gil Vicente na I Liga, na sequência do ‘caso Mateus’.
Comentários