Bruno de Carvalho anunciou uma nova Assembleia Geral para o próximo dia 17 de fevereiro, no Pavilhão João Rocha. O presidente leonino, que durante a tarde afirmou ter uma posição pessoal já tomada, disse que a ordem de trabalhos da nova AG terá três pontos: - novos estatutos; - regulamento disciplinar e se querem ou não a continuidade dos órgão sociais.

O presidente salientou que se demite caso os dois primeiros pontos sejam aprovados com menos de 75% da votação e ainda que não admite que o terceiro ponto tenha uma votação inferior ao resultado alcançado - 86,13% - em março de 2016 quando, frente a Pedro Madeira Rodrigues, foi reeleito à frente do Sporting CP.

“Se não tivermos uma votação esmagadora, como nas últimas eleições, imediatamente iremos embora”, garantiu Bruno de Carvalho em declarações aos jornalistas, assegurando que não se recandidata a novas eleições em caso de demissão. "Nunca mais voltarei", afirmou.

No sábado passado, o dirigente abandonou a Assembleia Geral do Sporting, em que não foram votadas as alterações estatutárias e ao regulamento disciplinar propostas pelo Conselho Diretivo (CD).

"Não posso admitir trabalhar 24 sobre 24 horas e chegar a uma assembleia e não me deixarem discutir os pontos. Não estamos agarrados a lugar nenhum. Temos de fazer o nosso trabalho, apresentamo-lo e vocês, sócios, dizem se querem ou não. Estou a ser difamado e humilhado por sportinguistas há sete anos. Não abandonei assembleia geral nenhuma, retirei os pontos e vim-me embora. Não posso ser ofendido na minha própria casa. Já vos disse muitas vezes: quando quiserem, vou-me embora", afirmou hoje o presidente do Sporting.

Nos pontos 6 e 7 da ordem de trabalhos, o CD propunha alterações estatutárias que retiram competências ao Conselho Leonino - órgão consultivo que Bruno de Carvalho considera desnecessário - e a punição de grupos de associados que perturbassem o trabalho dos órgãos sociais.