Em conferência de antevisão ao jogo de sábado, o técnico pacense falou de “um jogo difícil” frente a “uma equipa que luta para ser campeã”, admitindo que, nesta fase da época, empatar no Dragão seria curto para as necessidades do Paços.

“Nesta fase, dir-lhe-ia que não (era positivo empatar). O histórico diz que o Paços ainda não venceu no Dragão ou nas Antas e, por isso, este jogo é um sinal de oportunidade de fazer algo diferente”, disse Vasco Seabra, sem perder de vista que o jogo com o FC Porto vai ter muitos momentos em que o Paços vai ser obrigado a sofrer.

O passado recente liga o Paços de Ferreira a uma eliminação da Taça de Portugal, diante da Académica, da II Liga (2-1, após prolongamento), e o FC Porto a uma derrota na Liga dos Campeões (3-2, na Alemanha, diante do Leipzig), mas Vasco Seabra entende que “são competições diferentes” e que isso “não tem peso” para o jogo de sábado.

O FC Porto tem sete vitórias e um empate em oito jogos na I Liga, enquanto o Paços somou oito pontos nos últimos (cinco) encontros, acrescentou o técnico, frisando que “jogar contra os melhores é o objetivo de todos”.

“Não somos lunáticos, nem temos a ideia de que as coisas vão ser de igual para igual, mas queremos encarar este jogo como uma oportunidade. Queremos ser compactos a defender, juntando o nosso sinal de agressividade, e, no momento de ganho (da bola), termos a ambição agressiva para colocar a baliza do FC Porto na mira”, sublinhou.

O técnico pacense desvalorizou, por outro lado, eventuais alterações nos ‘azuis e brancos’, especialmente na baliza, caso José Sá repita a titularidade, à semelhança do que aconteceu em Leipzig, em substituição do espanhol Iker Casillas.

“O FC Porto tem um conjunto de bons executantes e boas soluções. Sabemos que vamos defrontar um bom guarda-redes. Todos eles têm muita qualidade e não tenho dúvidas de que o Sérgio (Conceição) não colocará o José Sá se achar que o Casillas é o melhor neste momento”, afirmou.

Seabra garantiu ainda que a dimensão tática do FC Porto no jogo, independentemente de jogar com dois ou três médios, não lhe causa “desassossego ou inquietação”, uma ideia que estendeu à onda de contestação que vai ganhando força no Paços em relação a si, com o argumento de que não lê jornais ou consulta as redes sociais e que “os jogadores estão comprometidos”.

O Paços de Ferreira, no 10.º lugar, com nove pontos, e o FC Porto, líder destacado, com 22, vão defrontar-se no sábado no estádio do Dragão, a partir das 20:30, num jogo que terá arbitragem de Manuel Oliveira, da associação do Porto.