O canal sul-coreano MBC pediu publicamente desculpa após representar alguns países com imagens que foram consideradas "ofensivas" e "ridículas" durante a cerimónia de abertura dos Jogos. A emissora aferiu que a decisão de as utilizar passava por facilitar a identificação rápida aos telespetadores das nações em questão.
Num comunicado publicado no Twitter, a MBC reconhece que a decisão mostrou uma falta de consideração para com os países em causa e frisa que se tratou de um "erro indesculpável".
O caso começou a ganhar tração naquela rede social quando o jornalista Raphael Rashid chamou à atenção para as descrições "únicas" que estavam a ser utilizadas pelo canal.
A título de exemplo, de acordo com a BBC, quando os atletas do Haiti se dirigiram ao estádio, apareceu uma legenda no ecrã que descrevia que se tratava de uma nação "com uma situação política instável devido ao assassinato do presidente". Já quando foi a vez da equipa síria, foi lida a legenda "uma guerra civil que se arrasta há 10 anos".
Segundo a emissora britânica, é esperado que o responsável pelo canal sul-coreano faça um pedido de desculpas público ainda esta segunda-feira.
A BBC acrescenta que alguns casos — uma posta de salmão para a Noruega — eram fáceis de descobrir e associar ao país em questão, mas existiam outros como o Chade, que foi descrito como o "coração escuro de África", que não eram tão percetíveis.
A MBC já esteve anteriormente visada por este tipo de situação no passado, chegando a ser multada depois de utilizar legendas e imagens semelhantes na Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Na altura, indicou que o Zimbabué era "um país com uma inflação mortal".
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