Em estreia absoluta – tal como aconteceu com Domingos Duarte – os dois avançados deixaram o seu ‘carimbo’, com Pedro Neto, o primeiro atleta nascido em 2000 a jogar e marcar pela seleção ‘AA, a inaugurar o marcador, logo aos oito minutos, no Estádio da Luz.

Já Paulinho ‘bisou’, aos 29 e 61 minutos, cabendo a Renato Sanches, aos 56, Emili Garcia, aos 76, na própria baliza, Cristiano Ronaldo, aos 85, e João Félix, aos 88, comporem a maior vitória lusa sobre Andorra, depois do 7-1 registado em 2001, na qualificação para o Mundial2002.

A três dias do embate com a França, que poderá ser decisivo para o desfecho do grupo 3 da Liga das Nações A, o particular com os andorrenhos serviu, essencialmente, para Fernando Santos promover estreias, dar minutos a jogadores e, até, eventualmente, ajudar a aumentar a confiança lusa para o forte embate de sábado, com os gauleses.

Com a ‘mira’ apontada à qualificação para as meias-finais da Liga das Nações, Fernando Santos ‘poupou’ de início quase todos os habituais titulares e promoveu três estreias no ‘onze’, Domingos Duarte, Pedro Neto e Paulinho, sendo que os dois avançados integraram pela primeira vez uma convocatória dos ‘AA’.

O dia parecia mesmo destinado aos avançados de Wolverhampton e Sporting de Braga, acabando por ser o extremo, de 20 anos, a inaugurar o marcador, mas com participação do ponta-de-lança ‘arsenalista’ na jogada que envolveu ainda Nélson Semedo e Sérgio Oliveira.

Perante um adversário frágil, que defendeu em 30 metros e com uma linha de cinco defesas, Portugal tentou aproveitar a meia distância, como sucedeu com Renato Sanches, que só não dilatou a vantagem porque o guarda-redes Josep Gomes se estirou para evitar o golo.

O expectável domínio luso, assente na gestão da posse por parte de Moutinho e Sérgio Oliveira, foi aumentando com o passar dos minutos, pelo que, sem qualquer surpresa, a seleção nacional voltou a marcar através do ‘instinto’ de outro estreante, Paulinho.

Renato Sanches, que tem estado em destaque no Lille, também continuava à procura do golo, mas o acerto na pontaria estava longe de ser o melhor, enquanto Paulinho viu o guardião andorrenho opor-se e negar-lhe o ‘bis’.

Em jogo literalmente de sentido único, Anthony Lopes era o único ‘espetador’ autorizado no Estádio da Luz, tal foi o descanso de que beneficiou para assistir à ‘avalanche’ ofensiva dos compatriotas, que iniciaram a segunda parte já com Cristiano Ronaldo e Bernardo Silva em campo.

O capitão da seleção nacional dispôs mesmo de boa ocasião para marcar, mas o acerto que lhe faltou na finalização teve, pouco depois, na assistência para Renato Sanches fazer o terceiro tento luso no jogo e o segundo da conta pessoal ao serviço de Portugal, mais de quatro anos depois do pontapé ‘fulminante’ frente à Polónia, nos quartos de final do Euro2016.

Sem André Silva na convocatória, Paulinho mostrou argumentos e ‘reclamou’ maior atenção a Fernando Santos, consumando, de cabeça, o ‘bis’ na estreia, antes de ser rendido por João Félix.

A ‘mão cheia’ favorável a Portugal chegou pelo pé inadvertido do andorrenho Emili Garcia, antes de Cristiano Ronaldo alcançar o tento da ‘praxe’, o 102.º com as cores lusas, que o deixa a apenas sete de igualar o recordista de golos por seleções, o ex-futebolista iraniano Ali Daei, que soma 109.

A maior vitória portuguesa sobre Andorra foi fixada em cima do apito final, por João Félix, que fez o segundo golo pela seleção ‘AA’, após se ter estreado a ‘faturar’ em setembro, no triunfo sobre a Croácia (4-1).