O avançado português foi ‘poupado’ ao que parecia caminhar para ser a maior goleada de sempre nos jogos entre as duas equipas, já que o marcador chegou a estar em 6-1, mas sente de forma especialmente negativa, na sua carreira, o jogo de hoje.

Com efeito, este é já o quinto jogo consecutivo em que não é titular, o que não acontecia desde 2003, quando ainda era jogador do Sporting e uma estrela em ascensão no futebol.

Agora, a ribalta é toda ela para Haaland, que não para de bater recordes, como é o caso do terceiro ‘hat-trick’ consecutivo, o que era inédito.

O prodígio norueguês chega aos 17 golos em 11 jogos, esta época, mantendo uma média impressionante de mais do que um golo por jogo, que já vinha do ano passado, com o Borussia Dortmund, com quem foi o melhor marcador na Bundesliga.

No seu 100.º jogo de clubes, Haaland chega aos 103 golos e ‘promete’ não ficar por aqui.

Não foi só Haaland que esteve em grande no estádio Etihad – Phil Foden também fez um ‘hat-trick’, com a linha ofensiva do City, incluindo o português Bernardo Silva, sempre muito irrequieta.

Menos bem, desta vez, esteve o lateral João Cancelo, que fez a falta que deu o terceiro golo dos ‘red devils’. Do lado do United, jogaram dois lusos: Bruno Fernandes, incapaz de inverter a tendência do jogo, castigado com cartão amarelo aos 80 minutos, e Diogo Dalot, que viu amarelo logo no segundo minuto, por falta sobre Grealish.

O jogo, da nona jornada da Premier League, mantém o campeão City na peugada do líder Arsenal: 21 pontos para os londrinos, 20 para a formação de Manchester.

Já o United, interrompe uma série de quatro vitórias e permanece no sexto lugar, a nove pontos do comandante.

O dérbi de Manchester com mais golos de sempre começou a aquecer logo aos oito minutos, com o primeiro tento de Foden, a finalizar uma ação ofensiva que passou por De Bruyne e Bernardo Silva.

O ‘festival’ Haaland começou aos 34, com o golo de cabeça a corresponder bem a canto de De Bruyne. Volvidos três minutos, ‘bisou’, após jogada que passou por Grealish e De Bruyne, de novo.

Aos 44, Haaland fez um passe ‘de morte’ para Foden, que assim também chegou ao segundo golo e colocou o marcador em já ‘pesados’ 4-0 ao intervalo.

Verdadeiramente ‘asfixiado’, o United não contabilizava mais do que dois remates inofensivos, de Bruno Fernandes e Eriksen.

Um grande remate do brasileiro Antony, a 20 metros da linha de golo, atenuou as contas no Ettihad, aos 54 minutos.

Pouco se preocupou o City, que foi logo à procura de mais, e conseguiu-o, novamente por Haaland (64 minutos, a passe de Goméz) e Foden (72, a passe do norueguês).

Com as bancadas em delírio – “queremos o sétimo” -, acabou por ser o United a atenuar o que era, então, o mais desnivelado resultado entre os rivais.

Marcaram o francês Anthony Martial, aos 84 minutos, de cabeça, e de novo o brasileiro Antony, aos 90+1, a converter grande penalidade após falta de Cancelo sobre Martial.