“Se alguma coisa tiver acontecido no que toca a casos de doping no futebol e que foram encobertos e que foram agora revelados, então, tanto a FIFA como a UEFA, dependendo de qual a competência nesses casos particulares, vão aplicar as medidas e sanções necessárias”, explicou o dirigente italiano do organismo de cúpula do futebol mundial.

Em causa está o relatório McLaren, cuja segunda parte foi publicada a 9 de dezembro, em que o investigador Richard McLaren encontrou "fortes provas de doping institucionalizado" na Rússia, que envolveram mais de 1.000 atletas de 30 modalidades, no período compreendido entre 2011 e 2015.

Entre as investigações em curso estão inquéritos a vários futebolistas russos com testes de doping suspeitos que foram encobertos, depois de a Agência Mundial Antidopagem (AMA) revelar cinco amostras suspeitas nas equipas masculinas russas de sub-17 e sub-21 em 2013 e 2014.

O então ministro do Desporto russo, Vitaly Mutko, foi acusado de omitir um resultado positivo por doping de um atleta da liga russa, sendo que o dirigente pertence atualmente ao corpo diretivo da FIFA.

Ainda assim, as suspeitas não abalam a confiança de Infantino, que diz estar a “trabalhar em conjunto” com o ex-ministro russo no organismo.

A diretora-geral da agência antidoping da Rússia, Anna Antseliovich, admitiu na terça-feira ter existido um sistema generalizado de “larga escala” no país, mas negou qualquer envolvimento das autoridades estatais.

Em entrevista ao diário norte-americano New York Times, Anna Antseliovich falou de uma “conspiração institucional”, mas negou a tese de que a rede de dopagem entre os atletas de elite tenha sido patrocinada pelo Estado.