“Há que separar completamente a situação do Miguel Oliveira da situação da equipa [RNF CryptoData, cujo contrato com a DORNA, empresa promotora do campeonato, foi hoje denunciado]. O Miguel Oliveira tem contrato com a Aprilia e vai continuar. As pessoas que vão estar numa equipa independente [satélite] da Aprilia é que vão ser outras”, garantiu Jorge Viegas, à chegada a Portugal, após a última prova da temporada, este domingo, em Valência.

Jorge Viegas acredita que a situação da RNF “não vai voltar atrás” e que será resolvida “de forma amigável ou não [com recurso aos tribunais]”, mas cujo diferendo é entre a equipa “e a associação de equipas [IRTA]”.

“Há versões diferentes. A RNF diz que não deve nada, a IRTA diz que eles têm dívidas. Já falei com os dois lados e o assunto deverá ser resolvido”, frisou.

Quanto ao piloto português, Viegas garante que vai continuar na classe rainha, a MotoGP.

“O Miguel Oliveira está tranquilo, vai ter novo diretor e a equipa vai ter outro nome”, garantiu ainda Jorge Viegas.

O presidente da FIM admitiu que a nova equipa ligada à Aprilia terá “capital norte-americano”.

Sobre o campeonato que agora terminou, Jorge Viegas diz que o balanço é positivo.

“Tenho de fazer balanço extremamente positivo, por duas razões essenciais. Só ficou resolvido na última corrida e foi o primeiro campeonato com as [corridas] sprint, que foram um enorme sucesso. Em Valência tivemos quase os mesmos espetadores no sábado como no domingo”, apontou.

Por isso, garante que o formato “é para manter” pois, nesta altura, “ninguém aceitaria que se acabasse, nem o público nem os pilotos”.

O italiano Francesco Bagnaia (Ducati) sagrou-se bicampeão no GP da Comunidade Valenciana, no domingo, depois de o adversário Jorge Martin (Ducati) ter caído no decorrer da sexta volta da corrida principal.

Miguel Oliveira não participou nesta última prova da temporada devido a uma fratura na omoplata direita. O português terminou o campeonato na 16.ª posição.