“É um troço que aproveita de forma excelente as estradas florestais da serra de Santa Luzia e que vai constituir um polo muito, muito interessante para o arranque. Será a primeira classificativa em estrada do Rali de Portugal 2017", sublinhou Pedro Almeida na conferência de imprensa de apresentação daquele troço na Câmara Municipal de Viana do Castelo.

A rampa integrou as edições do rali de Portugal de 1977 e 1978 e foi recuperada em 1990 e 1991. Na altura, os carros desciam a estrada que liga a serra da Santa Luzia à cidade, mas agora o sentido será o inverso, inserido na ligação de Matosinhos ao lugar da Cova, na freguesia da Meadela, ponto de partida da primeira classificativa do segundo dia do rali, em 19 de maio, depois da superespecial de abertura, na véspera.

Pedro Almeida explicou que o troço de Viana do Castelo, com duas passagens, tem mais cerca de oito quilómetros do que nas edições anteriores – passou de 18,7 para 26,7 km - e "permite um acesso que atravessa a cidade e sobe a montanha de Santa Luzia, um ‘ex-libris’ do rali de Portugal do passado".

O responsável referiu que "a evolução do perfil" da prova de classificação de Viana do Castelo, levou a organização "a alterar todo o sentido do resto das provas do dia", designadamente "as classificativas de Caminha (18,1 km) e de Ponte de Lima (27,5 km), que passam a disputar-se no sentido inverso ao utilizado em 2016”.

A 51.ª edição do Rali de Portugal, sexta prova do Campeonato do Mundo e quinta do Nacional, vai ser disputada entre 18 e 21 de maio.

O diretor da prova, que apelou ao cumprimento "rigoroso" das regras de segurança e ao "respeito" das zonas preparadas para acolher o público, disse que a edição de 2017 tem um orçamento "superior a três milhões de euros" e destacou que a de 2016 teve um impacto na economia de 129 milhões de euros.

Presente no encontro com os jornalistas, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa saudou a introdução da subida da rampa de Santa Luzia por "ser uma oportunidade para os amantes do automobilismo poderem ver as grandes máquinas e por representar mais um motivo de atratividade", destacando a "forte presença" de público da vizinha Galiza.

Segundo o autarca socialista, em 2016, o concelho "teve um retorno financeiro de quatro milhões de euros" com a passagem do rali. Este ano, frisou, o município investiu, "cerca de 100 mil euros na melhoria das estradas florestais por onde vai passar a prova".