O atual campeão mundial em título terminou este segundo dia da prova lusa com o tempo de 2:59.48,6 horas, deixando o segundo classificado, o espanhol Dani Sordo (Hyundai i20), a 57,5 segundos, com o belga Thierry Neuville (Hyundai i20) em terceiro, a 1.08,6 minutos.
Hoje, começou com um ataque demolidor de Rovanperä, que venceu os três primeiros troços do dia, disputados ainda de manhã, ganhando mais de 40 segundos a Sordo, que tinha começado o dia a apenas 10 segundos do campeão.
“Acordámos esta manhã e decidimos que era um bom dia para fazer rali”, brincava o finlandês, o mais jovem campeão mundial de sempre, que venceu a prova lusa em 2022, no final da primeira especial, em Vieira do Minho, onde ganhou 12 segundos à concorrência.
Quem não passou daí foi o francês Pierre Loubet (Ford Puma), que era quarto, com a direção partida, após um toque na berma.
A toada do campeão manteve-se em Amarante 1, o maior troço da prova, com mais de 37 quilómetros, e em Felgueiras 1.
“Mudámos umas pequenas coisas na suspensão, para nos sentirmos mais cómodos e resultou”, explicou à agência Lusa, na paragem a meio do dia.
Durante a tarde, Rovanperä deu algumas tréguas à concorrência, optando por uma toada mais defensiva, não voltando a fazer as diferenças conseguidas de manhã.
Ainda assim, ganhou mais 2,8 segundos a Sordo na segunda passagem por Vieira do Minho 2, a primeira da tarde, mas permitiu ao espanhol vencer o troço seguinte, em Amarante 2, mas por apenas 0,7 segundos.
Em Felgueiras, ganhou novamente a especial e 4,9 segundos a Sordo, que foi apenas quinto, antes de uma passagem pela superespecial de Lousada em toada de espetáculo, cedendo no duelo direto com o espanhol, que triunfou pela segunda vez este sábado, num troço feito a par.
“Estou muito contente pelo público e, pelo menos, conseguimos bater o Kalle [Rovanperä] aqui”, comentou Sordo.
O duelo mais aceso aconteceu pelo degrau mais baixo do pódio, com Neuville a terminar a manhã em quarto, com apenas 0,9 segundos de atraso para o companheiro de equipa, o finlandês Esapekka Lappi (Hyundai i20).
Nessa altura, começou a pairar o espetro de haver ordens no seio da equipa Hyundai a privilegiar o belga, o melhor da marca sul-coreana no Mundial de pilotos, no quinto lugar à partida desta prova.
“Ordens de equipa? Só amanhã, mas temos de ver”, ‘chutava’ Lappi.
Já Neuville também evitava o assunto. “Não faço ideia. Concentramo-nos na nossa luta. É importante somarmos pontos para os construtores. Com a falta de confiança que temos no carro, é difícil conseguir ser mais rápido”, avisava.
No entanto, durante a tarde, viria a recuperar o terceiro lugar, na segunda passagem por Amarante, fechando o dia com 2,3 segundos de vantagem sobre Lappi.
Mas o objetivo “é o segundo lugar”, ocupado pelo terceiro elemento da Hyundai, Dani Sordo, que faz o campeonato apenas a tempo parcial.
“É o Cyril [Abiteboul, diretor desportivo da equipa] que tem de decidir”, atirou Neuville, já no parque fechado.
Ott Tänak (Ford Puma), que nunca se mostrou satisfeito com o carro ao longo do dia, fechou na quinta posição, a 2.21,8 minutos do líder.
O sueco Oliver Solberg (Skoda Fábia) lidera entre os WRC2, sendo o sexto do rali, com 35,4 segundos de avanço para o britânico Gus Greensmith (Skoda Fábia) e quase 1.30 minutos para o norueguês Andreas Mikkelsen (Skoda Fábia), que é terceiro.
O dia ficou ainda marcado pelo acidente do piloto paraguaio Miguel Zaldivar (Hyundai i20), de 54 anos, na segunda passagem por Amarante.
O piloto foi transportado de helicóptero para o hospital de S. João, no Porto, consciente, mas com dores torácicas, enquanto o copiloto argentino José Diaz seguiu para a mesma unidade hospitalar de ambulância, com dores lombares.
Para domingo estão previstas as últimas quatro especiais do Rali, com 59,59 quilómetros cronometrados, incluindo os 11,18 do troço de Fafe, que serve de ‘power stage’, que distribui 15 pontos pelos cinco mais rápidos.
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