De acordo com o Relatório e Contas do primeiro semestre (julho a dezembro), o Benfica manteve um resultado positivo, “apesar da não presença na fase de grupos da Liga dos Campeões e dos impactos associados à covid-19″.

O resultado operacional, que inclui transferências de jogadores, é de 12,8 ME positivo, para os quais contribuiu a transferência de Ruben Dias para o Manchester City, por 68 ME.

Nos primeiros seis meses da temporada, o passivo dos ‘encarnados’ subiu quase 100 ME (de 325,917 para 425,045), valor que é compensado pelo aumento do ativo (de 487,066 para 594,426).

Segundo os ‘encarnados’, o aumento do ativo é “principalmente explicado pelos investimentos realizados na equipa principal de futebol”, um esforço que se acaba por refletir no passivo, tal como o empréstimo obrigacionista de 50 ME.

Os rendimentos operacionais sem transações de direitos de atletas chegaram aos 53,5 milhões de euros, um decréscimo de 47,5% face ao período homólogo, o que é justificado, pelos ‘encarnados’, “pela inexistência de receitas com ‘match-day’ devido à realização de jogos sem público e pela redução dos rendimentos com prémios distribuídos pela UEFA”.

Apesar da quebra do valor recebido pela UEFA, devido à ausência da Liga dos Campeões, os rendimentos com os direitos televisivos ultrapassam os 37,1 milhões de euros e continuam a ser a principal fonte de receitas da SAD, excluído as transações de jogadores.

Ao nível dos rendimentos totais, já com a transferência de jogadores, estes são de 134,9 ME, menos 44,8% do que no período homólogo, que tinha sido influenciado pela transferência de João Félix para o Atlético de Madrid, por 120 ME.

A venda de jogadores rendeu à SAD ‘encarnada’ 77,5 ME, o que ajuda a que a SAD do Benfica tenha tido o segundo melhor semestre ao nível dos rendimentos totais.

Em relação ao futuro, a SAD do Benfica revela ter sido “um dos emblemas mais afetados pela covid-19″, mas “tem a convicção de que será ainda possível alcançar alguns dos objetivos iniciais da época”.

“A nível internacional, a qualificação para a Liga dos Campeões de 2021/22 permitirá regressar ao palco externo natural do Benfica e trará um impacto importante no equilíbrio económico desta sociedade. A nível interno, e apesar de uma situação presente contrária a todas as expetativas, o Benfica continua envolvido na disputa da Liga NOS e está a um passo da qualificação para a final da Taça de Portugal”, lê-se.

A SAD do Benfica refere ainda que, caso se mantenha a interdição do público nos estádios e tendo em conta a ausência ‘Champions’, “o ano será profundamente afetado pela diminuição de receitas, impossível de compensar com igual redução de custos”.

“Ainda assim, existem todas as condições para manter uma situação patrimonial que não ponha em risco os capitais próprios desta Sociedade, o que se deve, em muito, à política económico-financeira que foi seguida na última década”, refere o documento.

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