“Dizem por aí que os jogadores não sentem. Não podiam estar mais errados. Quando assumimos o compromisso por um clube, não só defendemos um emblema, como um grupo de trabalho, que passa mais tempo connosco do que com as nossas famílias”, expressou o brasileiro Rafael Martins, numa mensagem partilhada nas redes sociais.
O avançado, de 33 anos, regressou em janeiro de 2021 a Moreira de Cónegos, onde já tinha atuado em 2015/16, por empréstimo dos espanhóis do Levante, para reforçar o estatuto de melhor marcador de sempre do clube na I Liga, com 30 golos em 80 jogos.
“Sou muito grato a cada adepto do Moreirense pelo apoio incondicional. Por conhecer a raça de que é feito este clube, vamos voltar mais rápido do que pensam. Mais do que nunca, sou Moreirense!”, agregou o autor de oito tentos em 39 partidas em 2021/22.
Percurso idêntico experimentou o defesa direito Paulinho, que voltou em agosto de 2021 ao emblema que já tinha representado durante três temporadas (2012-2015), logrando a conquista do título da II Liga e a consequente subida ao escalão principal, em 2013/14.
“Um obrigado por me tratarem tão bem e por sentir todos os dias a importância que tinha no clube. São uma vila à minha imagem. Gente humilde e trabalhadora, que cresce na vida devido a isso. Já era Moreirense, agora sou ainda mais”, vincou o lateral, que diz adeus aos minhotos com 108 jogos, 34 dos quais esta época, na qual anotou dois golos.
De saída também está o guarda-redes Miguel Oliveira, que se limitou a dois duelos, bem como o sérvio Lazar Rosic (33 partidas) e o internacional canadiano Steven Vitória (20 ambas e três golos), ambos defesas centrais, que estavam vinculados há três épocas.
A lista de dispensas abrange ainda os dois reforços recrutados na reabertura do mercado de transferências, casos do médio brasileiro Jefferson (16 embates e dois tentos) e do sonante avançado internacional belga Kevin Mirallas, que contabilizou um golo em 316 minutos de utilização, por entre quatro partidas a titular e cinco como suplente utilizado.
Essa dupla tinha trabalhado nos turcos do Gaziantep com o treinador Ricardo Sá Pinto, cuja saída do comando do Moreirense foi hoje revelada à agência Lusa pelo presidente Vítor Magalhães, três dias depois da reedição das despromoções de 2004/05 e 2012/13.
Os minhotos fecharam a I Liga no 16.º e antepenúltimo lugar, à frente dos ‘condenados’ Tondela - que suplantaram na 34.ª e última jornada - e Belenenses SAD, mas vacilaram no ‘play-off’ (derrota por 0-2 fora e vitória 1-0 em casa) frente ao Desportivo de Chaves, terceiro colocado da II Liga, para falharem a 13.ª presença, e nona consecutiva, na elite.
A descida ao escalão secundário estimulará ajustes no plantel, decorrentes, desde logo, da caducidade dos vínculos de sete jogadores, para além do fim dos empréstimos do lateral direito Rodrigo Conceição (16 encontros), proveniente do FC Porto, e do defesa central brasileiro Pablo Santos (15 partidas e um golo), cedido pelo Sporting de Braga.
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