Na terça-feira, a LPFP divulgou o programa entre a nona e a 13.ª jornadas, com a visita do Sporting de Braga ao Estádio do Bessa agendada para 31 de outubro, às 20:15, numa data que não coincide com o desejado pelos bracarenses.
“Inusitado se torna que a Direção da Liga tenha entrado em cena para negar a concretização do acordo obtido entre o Sporting de Braga e o Boavista e validado pela CPC [Comissão Permanente de Calendários]”, único órgão a quem compete a marcação das jornadas”, refere o clube ‘arsenalista’ em comunicado.
O clube argumenta que a vontade de alterar a data do jogo tinha a ver com o duplo compromisso com os turcos do Besiktas na Liga Europa, em 24 de outubro, em Istambul, e em 07 de novembro, em Braga, que implica uma sobrecarga de “seis jogos em 18 dias”.
Uma situação que, segundo o clube minhoto, levou a que o assunto fosse apresentado no início de setembro à Comissão de calendários, com prévia indicação positiva do departamento jurídico da Liga, e a nova reunião daquele órgão em 10 de setembro.
De acordo com o Sporting de Braga, nessa segunda reunião, agendada devido à oposição de um clube, Tondela, Gil Vicente, Leixões, Cova da Piedade e Mafra votaram favoravelmente “à possibilidade de marcação de jogos das equipas que participam em competições europeias para o ‘break'”, mas Benfica, FC Porto e Sporting votaram contra.
O Sporting de Braga explica ainda ter recebido no mesmo dia um email do departamento de competições da Liga a manter o jogo na data acordada pelos clubes (29 de dezembro), mas que o organismo acabaria por nunca oficializar.
Ainda segundo o clube, a LPFP cedeu “à pressão de uma minoria” e remeteu o assunto para a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que terá afirmado não ser da sua competência a marcação de jogos.
“A Direção da Liga demonstrou, claramente, que daria o ‘tempo de compensação’ necessário para que a vitória de uma minoria acabasse por se materializar”, acusa o Sporting de Braga, acrescentando que é uma decisão que afronta a Comissão Permanente de Calendários.
Para os bracarenses, o que acontece é “um ato político revelador”, que o clube minhoto denuncia para demonstrar a “hipocrisia que reina no futebol português”.
A finalizar, o Braga diz que a própria Liga criou a convicção de que a nona jornada era definitiva, situação que prejudicou o planeamento e logística, pelo que o clube pedirá, “em sede própria, o ressarcimento dos danos”.
“O Sporting de Braga anuncia que abandonará, de imediato, a Comissão Permanente de Calendários e retira a sua confiança a esta Direção”, refere ainda a nota, acrescentando que defenderá ainda o fim da Taça da Liga – a exemplo do que aconteceu em França -, face aos condicionalismos nos calendários.
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