“É preciso lembrar que já passaram oito semanas desde a paragem e é, provavelmente, a pausa mais longa que alguns jogadores tiveram nas suas carreiras”, alertou o técnico dos ‘magpies’ em relação à questão física.
Steve Bruce falou na possibilidade de existir uma espécie de pré-época, com jogos particulares, de modo a deixar os jogadores preparados para um regresso à competição, suspensa desde o fim de semana de 7 e 8 de março.
“Precisamos de preparação suficiente para deixar os jogadores em forma, caso contrário arriscam-se a desmoronar como um castelo de cartas”, advertiu o treinador, em declarações ao jornal Sunday Telegraph.
O governo britânico abriu a porta a um possível regresso da Premier League a partir de 01 de junho, quando a competição procura encontrar soluções para encaixar 92 jogos entre início de junho e final de julho.
Na segunda-feira, é esperado que os clubes da Liga inglesa apresentem o protocolo sanitário a adotar e, na terça-feira, que comecem a regressar aos treinos, respeitando o distanciamento físico.
A preocupação do treinador do Newcastle aponta para as questões físicas devido à suspensão da atividade e não tanto em relação a um contágio pelo novo coronavírus, com o técnico a assinalar as medidas rigorosas nos clubes.
“Com as medidas colocadas em prática, é, provavelmente, mais arriscado ir ao supermercado ou meter combustível no carro”, ironizou o técnico, lembrando a possibilidade de os jogadores serem testados a cada três dias.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas — Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América -, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.
Os campeonatos de futebol de França, dos Países Baixos e da Bélgica foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede em Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 4 de junho, enquanto a Alemanha regressou no sábado.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou perto de 312 mil mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.
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