2010 foi um ano de sonho e pesadelo para Andrés D’Alessandro. Por um lado, aquele que o argentino considera ter sido "o melhor ano da minha carreira", foi abrilhantado pela conquista da Taça Libertadores, quando D'Alessandro atuava no Internacional de Portalegre, no Brasil. Por outro lado, sentiu-se desiludido ao ter falhado a convocatória para o Mundial de 2010 na África do Sul.

"Ainda me custa falar. Fui o melhor jogador da América e ganhámos a Taça Libertadores. Por vezes existem estas injustiças. Acho que poderia ter ido porque não foi uma das melhores seleções. Apurou-se no final e poderia ter ido tranquilamente", desabafou o argentino de 36 anos à Radio Metro.

Incrédulo, mas não sem uma explicação, Andrés D’Alessandro aponta o dedo ao selecionador. Nada mais nada, menos do que Diego Armando Maradona, o homem que liderou a Argentina no Campeonato do Mundo em 2010.

D'Alessandro explica que foi apanhado no meio de um triângulo amoroso, devido ao facto de o seu irmão namorar com uma das filhas da lenda da albiceleste.

"Houve uma questão extrafutebolística. Falou-se muito porque o meu irmão teve uma relação com uma das filhas [de Maradona]. Não sei se ele pegou por aí. É muito estranho nunca ter sido chamado", confessa o antigo campeão do mundo de sub-20.

"Ele não me ligou ou contactou, e naquela altura mais de 130 jogadores foram testados, mas eu nunca tive a oportunidade. Para mim Diego ainda é Diego, mas naquele caso ele era treinador e eu era jogador ", completou D'Alessandro.