“Nós, jogadores, somos meros fantoches em todas essas novidades inventadas pela FIFA e pela UEFA. Ninguém nos consulta”, lamentou o médio ‘merengue’, de 30 anos, num desabafo publicado sob a forma de um ‘podcast’ na Internet.
Toni Kroos, que se sagrou campeão mundial em 2014 e que comemorou a sua 100.ª internacionalização pela Alemanha em outubro, integra a seleção que defronta ainda hoje a República Checa, em Leipzig, num encontro de carácter particular.
Segundo Kroos, se os jogadores fossem consultados nas decisões da FIFA e da UEFA “não participariam na Liga das Nações, nem numa Supertaça de Espanha na Arábia Saudita ou num Mundial de clubes com 20 equipas [a edição de 2021 decorrerá com 24]”.
O jogador do Real Madrid considera que estes torneios são organizados para “arrecadar o máximo de dinheiro possível” e exaurir os corpos dos jogadores.
A posição do internacional alemão surge numa altura em que várias vozes se levantam na Europa contra o ritmo infernal imposto aos jogadores de futebol, agravado com a pandemia de covid-19.
Em gestação está também a criação de uma Liga europeia fechada (integrando os principais emblemas), projeto que Kroos considera “muito, muito interessante do ponto de vista desportivo”, mas que poderá aumentar o fosso financeiro entre os clubes.
“É bom deixar algumas coisas como estão, quando funcionam”, acrescentou Kroos, considerando a Liga dos Campeões, o Campeonato da Europa e o Campeonato do Mundo “grandes produtos”.
Comentários