Após o dia de descanso, Sáez foi o mais forte dos 11 fugitivos e completou os 189,2 quilómetros de percurso iniciado em Torre de Moncorvo em 4:55.14 horas, cortando a meta com sete segundos de vantagem sobre o canadiano Benjamin Perry (Israel Cycling Academy) e 10 em relação ao espanhol Tzomin Juristi (Euskadi).

Atrás, no pelotão, uma queda afetou os dois primeiros na geral, Veloso e João Rodrigues, também da W52-FC Porto, além do também ‘dragão’ e líder da classificação por pontos, Daniel Mestre, e todos cortaram a meta nove minutos depois, ainda que lhes tenha sido atribuido o tempo do grupo em que seguiam, porque o acidente aconteceu dentro dos últimos três quilómetros.

Rodrigues e Mestre foram levados ao hospital, por percaução, mas o trio portista admitiu que os ferimentos seriam ligeiros e não deveriam impedi-los de alinhar na quinta-feira, na sétima etapa, e defender uma liderança que os 'azuis e brancos' têm desde o primeiro dia.

Jóni Brandão (Efapel), quarto da geral, a 25 segundos, também foi afetado no mesmo local, devido a um toque que deixou a sua bicicleta com problemas mecânicos, num 'tropeção' coletivo numa rotunda já nas ruas de Bragança, onde aparentava haver óleo, tornando a estrada molhada uma armadilha ainda mais perigosa.

Depois da partida de Torre de Moncorvo, em que se guardou um minuto de silêncio pelo belga Bjorg Lambrecht, que morreu na segunda-feira na Volta à Polónia, o grupo rolou rápido pelas primeiras montanhas, com Luís Gomes (Rádio Popular-Boavista) a assumir a liderança da classificação dos trepadores, até se formar uma fuga de 11 corredores, a meio da etapa.

No grupo iam dois homens do Sporting-Tavira, David Livramento e o espanhol Álvaro Trueba, mas também Filipe Cardoso (Vito-Feirense) ou Micael Isidoro (Bai Sicasal-Petro de Luanda), entre outros, à procura de uma vitória na prova.

Num dia em que o antigo campeão nacional de fundo e contrarrelógio, Domingos Gonçalves (Caja Rural-Seguros RGA), desistiu, a par de cinco outros corredores, a chuva marcou o ritmo na fuga e na frente.

Longe do ‘caos’ que viria a instalar-se, Sáez, de 25 anos, foi o mais rápido e mais forte na chegada, conseguindo, afirmou, a “maior vitória na carreira”, que aconteceu “quase em casa”, depois de “não conseguir vencer na Volta a Espanha”.

O espanhol tem tido um 2019 em bom nível, com um sétimo lugar final na Volta a Castela e Leão, tendo corrido a Clássica da Arrábida (24.º) e a Volta ao Alentejo (33.º) em Portugal.

Na geral, e apesar do susto de que falou Gustavo Veloso no final, o camisola amarela mantém-se, com 15 segundos de vantagem para João Rodrigues, enquanto o espanhol Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano) é terceiro, a 22, Jóni Brandão é quarto a 25 e Henrique Casimiro, também da Efapel, segue em quinto a 45.

Na quinta-feira, a sétima etapa, com 156,2 quilómetros, vai ligar Bragança a Montalegre, com final na Serra do Larouco, a 1.500 metros de altitude, onde a meta coincide com contagem montanha de primeira categoria.

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