"O Conselho de Administração do Credit Suisse Group AG propõe aos acionistas para elegerem António Horta-Osório como novo Presidente do Conselho de Administração na próxima Assembleia Geral Anual, a 30 de abril de 2021", afirma o banco suíço num comunicado divulgado hoje.
Horta Osório sucederá a Urs Rohner, que deixa o cargo de presidente do conselho de administração do banco "em 2021, como anunciado anteriormente", adianta o comunicado.
Assim, após 28 anos a desempenhar funções executivas na banca, como CEO (presidente da comissão executiva), primeiro no Santander e depois no Lloyds Bank, o gestor português será, a partir de maio, chairman (presidente do conselho de administração) do Credit Suisse, onde terá funções não executivas em full time.
Porém, a sua saída do Lloyds Bank só se efetivará depois de completado o terceiro plano estratégico desenhado para o banco para o período 2018-2020, cujo anúncio dos resultados ao mercado ocorrerá quando Horta Osório termina um período de 10 anos à frente daquela instituição financeira, refere fonte próxima do gestor.
Nos próximos cinco meses, Horta Osório vai concluir a implementação do plano estratégico apresentado em 2018, e "continuar a liderar a resposta do banco aos enormes desafios colocados pelas consequências económicas da pandemia e assegurar a transição da liderança para o seu sucessor, de uma forma tranquila e organizada", adianta.
Horta Osório assumiu a liderança do Lloyds Bank em março de 2011, a convite do Governo Inglês e do ministro das Finanças, George Osborne, para liderar o ‘turnaround’ do banco na sequência da aquisição pelo Lloyds do HBOS (outro banco britânico), e que levou à entrada do Estado no capital, ficando com 39%.
Em 2017, o banco regressou à esfera privada, com lucros para o Estado britânico.
Atualmente, o Lloyds já é o maior banco digital do Reino Unido, com mais de 16 milhões de clientes digitais, e o único com uma plataforma integrada de produtos financeiros incluindo produtos bancários e de seguros, e tem a maior base acionista do país com mais de 2,4 milhões de acionistas.
A partir de 1 de maio, e após ser eleito na assembleia geral de acionistas do Credit Suisse, a 30 de abril de 2021, assume então a liderança do Conselho de Administração deste banco, sendo o primeiro não suíço a ocupar a posição, adiantou a mesma fonte.
O Credit Suisse está presente em mais de 50 países, em todo o mundo, incluindo em Portugal.
O Conselho de Administração (CA) do Credit Suisse é responsável pela direção geral, supervisão e controle do Credit Suisse Group AG.
Os membros do CA e o seu Presidente estão sujeitos a eleição individual pela assembleia geral e são nomeados, em cada caso, para um mandato de um ano, mas a reeleição é possível e desejada, para fomentar o desenvolvimento de conhecimentos específicos do negócio.
Com responsabilidade pela direção geral, supervisão e controle do Credit Suisse, o órgão que vai ser liderado por Horta Osório avalia regularmente a posição competitiva do grupo e aprova os seus planos estratégicos e financeiros.
O conselho de administração tem ainda a competência para nomear ou demitir o presidente executivo e os membros da comissão executiva, e para rever e aprovar mudanças significativas na estrutura e organização do grupo. Além disso, está ativamente envolvido em aquisições e alienações estrategicamente importantes, e em planos e projetos de investimento relevantes.
“Estou muito satisfeito por ser proposto para Presidente do Conselho de Administração do Grupo Credit Suisse. Estou muito motivado para continuar a desenvolver os muitos pontos fortes do grupo, em estreita colaboração com o Conselho de Administração e a equipa de gestão. Este é um momento de grandes oportunidades para o Grupo Credit Suisse, para os seus colaboradores, clientes e acionistas”, afirmou Horta Osório num comunicado, após a nomeação.
Urs Rohner, atual presidente do conselho de administração do Credit Suisse Group, refere: “Estou extremamente satisfeito por podermos propor um profissional altamente reconhecido e com provas dadas na banca internacional como meu sucessor”.
“Estou convencido de que, sujeito à eleição na próxima Assembleia Geral Anual, e graças ao seu impressionante historial de realizações, António Horta-Osório vai dar um enorme contributo para o sucesso futuro do nosso banco como líder global na gestão de patrimónios com fortes capacidades na banca de investimento”, acrescentou.
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