A associação “desafia todas as forças políticas que apoiaram o estado de emergência a enfrentar os empresários do setor da restauração olhos nos olhos e a dizer-lhes a verdade sobre aquilo que podem esperar por parte do Estado”, lê-se na mesma nota.
“É insustentável continuarmos a ouvir falar de apoios que não se concretizam e é totalmente incompreensível a aparente apatia e incapacidade que os vários partidos políticos estão a revelar no sentido de apresentarem ideias concretas para enfrentar esta situação”, diz António Condé Pinto, presidente executivo da APHORT, citado na mesma nota.
“Queremos fazer parte da solução, mas é preciso, em primeiro lugar, que nos deixem ter lugar nessa solução”, apela o responsável.
A APHORT defende ainda a “urgência de um discurso claro e realista, de forma a não continuarem a ser alimentadas falsas expectativas”, lê-se no comunicado.
Tendo em conta as novas medidas do estado de emergência, a entidade considera “que não tem havido empenho suficiente em encontrar soluções de equilíbrio” e dá o exemplo dos supermercados.
António Condé Pinto questiona a razão pela qual “as pessoas têm liberdade para ir aos supermercados comprar refeições já confecionadas, mas não o podem fazer nos restaurantes, em regime de ‘take-away’, após as 13:00″.
“Consideramos que os restaurantes, neste caso, estão a ser tratados de forma discriminada, quando deveriam estar em pé de igualdade com os supermercados, num momento em que toda a ajuda é necessária”, defende.
Os empresários da restauração manifestaram-se hoje no Porto contra as novas medidas de restrição para combater a pandemia e já têm outras ações marcadas para Aveiro e Lisboa.
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