"O Governo, que além do mais se senta à mesa das negociações com os seus parceiros - PCP e BE -, já devia ter falado, desde logo com estes partidos, que estão por detrás da teia de dificuldade que está montada na Autoeuropa, e já os devia ter chamado à razão", afirmou Assunção Cristas.
A líder centrista falava aos jornalistas sobre a situação na fábrica Autoeuropa, no final de uma visita a um bairro municipal de Lisboa.
Assunção Cristas considerou importante a intermediação do Governo nas questões que opõem administração e trabalhadores naquela unidade fabril do setor automóvel, mas sublinhou que "é pena que não tivesse evitado chegar-se a uma situação tão extremada".
Para a líder centrista, "é grave que, de repente, por questões completamente laterais, de uma luta político-partidária entre o PCP e o BE, se tenha deixado arrastar a Autoeuropa para uma situação inédita".
A presidente do CDS-PP alertou que há o perigo real de deslocalização destas unidades, tal já aconteceu em Portugal no passado no setor automóvel, argumentando que "os países disputam e procuram ter as melhores condições competitivas para atrair investimento".
"Espero que o Governo se empenhe no acordo, porque é muito importante para o nosso país não perdermos a Autoeuropa, que é um grande exportador, e, sobretudo, não deixar uma marca negativa de que aqui não é possível trabalhadores e administrações de empresas chegarem a acordo", argumentou.
Assunção Cristas lembrou o "tema recorrente" da instalação de uma fábrica de automóveis elétricos da norte-americana TESLA na Europa, sublinhando que o executivo de António Costa deve "empenhar-se em criar condições" para que Portugal a possa acolher.
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