As perdas foram justificadas com os efeitos da pandemia e os problemas com os aparelhos 737 MAX, que já se arrastavam desde o ano anterior.

A faturação do construtor de aviões norte-americano caiu 24% para 58.158 milhões de dólares e registou um fluxo de caixa operacional negativo de 18.400 milhões, que refletem o pior volume de entregas de aviões em anos e vários cancelamentos nos últimos meses.

O ano de 2020 “limitou significativamente a nossa indústria. O profundo impacto da pandemia nas viagens aéreas comerciais e a paralisação dos 737 MAX dificultaram os nossos resultados”, refere uma nota do líder da Boeing, David Calhoun.

No quarto trimestre, o mais seguido pelos analistas em Wall Street, a Boeing perdeu 8.420 milhões de dólares (6.968 milhões de euros), um resultado que pressionou as contas anuais e que foi oito vezes superior aos 1.010 milhões de euros de prejuízo no mesmo período de 2019, enquanto as receitas diminuíram 15% para 15.304 milhões de dólares.

Em relação aos aviões 737 MAX, que voltaram a operar nos Estados Unidos e em mais países após um longo período de alterações e atualizações na sequência de dois acidentes aéreos, a empresa disse que já entregou 40 unidades a clientes e destacou que cinco companhias aéreas já os incluem nas suas frotas.

Os resultados da Boeing, publicados antes da abertura de Wall Street, foram piores do que o esperado pelos analistas e as suas ações perdiam 2,39% uma hora após o início da sessão.