O documento que vai gerir os destinos do município vimaranense em 2018 foi aprovado em reunião extraordinária do executivo camarário com o voto favorável da maioria PS mas com o voto contra da coligação Juntos por Guimarães (PSD/CDS/PPM/ PPV/CDC), tendo ainda que ser aprovado em sede de Assembleia municipal, órgão no qual o PS tem igualmente a maioria dos votos.

Para a oposição, o documento dá um "sinal contrário" ao incentivo à fixação de investimento no concelho, sendo o voto contra ainda justificado com a opinião que a autarquia podia baixar mais os impostos devido a uma "folga orçamental" mas que optou por não o fazer.

Em matéria de impostos, o destaque no documento vai para a redução da taxa a cobrar de IMI, que se vai fixar em Guimarães em 0.35%, menos 0.2% do que em 2017, estipulando a lei que para os prédios urbanos (casas para habitação e terrenos para construção) os municípios têm liberdade para fixar a taxa de IMI entre 0,3% e 0,45%.

Segundo explicou a maioria liderada por Domingos Bragança, apesar da redução do IMI de 0.375% para 0.35%, as contas do município continuam a ser positivas, o que fez com que a oposição reclamasse uma redução maior daquele imposto apontando uma "folga orçamental" nas contas do município.

"Aquilo que me suscitou alguma apreensão no meio desta proposta de Orçamento, no tocante ao IMI, é o facto de termos uma receita que se mantém, apesar de alguns gestos, correções nas taxas em relação ao ano que está em curso., Portanto, na nossa proposta eleitoral nós propusemos uma redução do IMI e do IRS. Apesar de haver condições para poder ser consumada uma proposta nesse sentido, não foi essa a proposta do PS", explicou o vereador da oposição Monteiro e Castro (CDS-PP).

Para o vereador social-democrata Bruno Fernandes, "ficou bem claro que a coligação tem uma visão completamente diferente da visão da maioria socialista", nomeadamente no estímulo à Economia.

A Câmara Municipal fez bandeira desta questão há quatro anos e hoje, ao ler o plano, foi colocada de parte. Para 2018, prevê gastar 50 mil euros em requalificação de parques industriais. Nenhuma empresa se fixa no concelho se não tiver condições de instalação", defendeu.

"Uma câmara que dota 50 mil euros para esta questão está a dar um sinal contrário ao que devia dar", avisou.

Na resposta, o vereador com o pelouro da Economia, Ricardo Costa, apontou "factos": "Os números demonstram que não só teorias apregoadas por nós. Diminuímos em cerca de 3500 desempregados, nos últimos 4 anos. Temos cerca de 200 milhões de euros em projetos económicos de interesse municipal aprovados", disse.

O Orçamento aprovado, juntamente com o Plano de Atividades para 2018, aponta como prioridades da autarquia melhorias ao nível da mobilidade, requalificação do Parque Escolar, edificação de novos espaços culturais, requalificação dos prédios de habitação social, alargar a aliança à Universidade do Minho e ampliar o Parque Industrial de Ponte e do Avepark.

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