Cerca de uma semana após ter tomado posse, recebendo o testemunho do seu antecessor, Jeroen Dijsselbloem, Centeno presidirá hoje à tarde à sua primeira reunião do Eurogrupo, que tem como ponto forte em agenda o programa de assistência à Grécia, mas também as conclusões da mais recente missão de vigilância pós-programa a Portugal, a sétima, realizada entre 28 de novembro e 06 de dezembro de 2017.
Antes da reunião do fórum informal de ministros das Finanças da área do euro, Centeno deslocar-se-á, de manhã, às sedes do Conselho e da Comissão, para encontros com Tusk e Juncker, os primeiros desde a sua eleição para a presidência do Eurogrupo, em dezembro passado.
Com o ministro Mário Centeno a passar a presidir aos trabalhos das reuniões do Eurogrupo, Portugal será representado nas mesmas pelo secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, que defenderá assim a posição do Governo na (curta) discussão sobre a mais recente missão pós-programa a Portugal.
Na conclusão dessa sétima missão, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu consideram que a recuperação económica de Portugal “voltou a ganhar ímpeto”, mas alertaram para que o ajustamento estrutural planeado “está em risco de se desviar significativamente” dos requisitos europeus, considerando por isso importante “conter o crescimento da despesa pública” e “utilizar os ganhos resultantes de uma redução da despesa com juros, para acelerar a redução da dívida pública”.
Os ministros das Finanças da área do euro irão igualmente apreciar o programa de assistência em curso para a Grécia, o único país atualmente sob programa, devendo saudar os progressos feitos no quadro da terceira avaliação do ajustamento e “a boa cooperação” que se verifica atualmente entre as instituições e as autoridades gregas.
Para este Eurogrupo que assinala a estreia do presidente Centeno, está ainda prevista uma discussão sobre os passos a dar para a concretização daquela que tem sido apontada como uma das prioridades pelo novo presidente do fórum de ministros das Finanças do euro: o aprofundamento da União Económica e Monetária.
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