No debate quinzenal com o primeiro-ministro, Jerónimo de Sousa citou diversos exemplos, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde - e a atual greve dos médicos -, mas também o atendimento prestado pela Segurança Social ou a situação dos transportes coletivos.

"O mesmo acontece com o serviço público que é prestado pela CGD. A perspetiva de encerramento de agências e balcões continua a ser uma preocupação para os trabalhadores e populações", afirmou o líder do PCP.

Para Jerónimo de Sousa, "não é possível haver melhor serviço público com menos agências e trabalhadores" e "a situação em Almeida será, talvez, o exemplo mais flagrante dos prejuízos que causam os encerramentos, deixando uma sede de concelho sem esse serviço", sendo necessário "reverter a decisão de encerramento de agências e manter a CGD a prestar o serviço às populações".

"Há um ponto em que não o acompanharei: sobre se o Governo deve ou não pronunciar-se sobre decisões concretas da CGD. A opinião que tenho é que não se deve pronunciar. A função que detemos é aprovar orientações estratégicas, seu cumprimento, que a CGD tem uma gestão prudente não podemos nem devemos interferir em cada decisão casuística", respondeu o líder do Governo.

O primeiro-ministro disse acompanhar "parcialmente" as preocupações de Jerónimo de Sousa naquilo que julgou "essencial: que Portugal precisa para a sua economia de ter uma CGD 100% pública, solidamente capitalizada e com capacidade de dar garantias à preservação das poupanças das famílias empresas, como um instrumento ao serviço das empresas e da economia e um fator de estabilização do sistema financeiro".

"Tem de ter uma rede de balcões que assegure uma cobertura integral do território nacional e acompanhe também na internacionalização da economia e na captação das reservas dos nossos emigrantes", acrescentou Costa.

Segundo o chefe do executivo do PS, "a reestruturação [da CGD] assegura que em todos os municípios existem balcões".

"Existe um conjunto de critérios: a procura, o movimento e as populações existentes. Em todos os concelhos há balcões e não haverá nenhum despedimento resultante de encerramento de balcões. A redução de trabalhadores far-se-á pelas reformas ou por negociação amigável", garantiu.

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