No mesmo período, Ivanka Trump, que é assessora na Casa Branca, conseguiu ainda do governo chinês o aval provisório para mais oito marcas registadas.
No total, as marcas registadas permitem-lhe comercializar produtos que vão desde cobertores para bebés a caixões, bem como perfumes, espelhos, maquilhagem, taças, móveis, livros, café, chocolate e mel.
A filha de Donald Trump deixou de gerir a marca e colocou os ativos num fundo fiduciário familiar, mas continua a lucrar com os negócios, o que levanta a questão de um conflito de interesses com a Casa Branca.
“A recusa de Ivanka Trump de se alienar dos seus megócios é especialmente problemática, até porque a sua marca continua a expandir-se para outros países estrangeiros”, alertou Noah Bookbinder, diretor executivo do grupo Cidadãos para a Responsabilidade e Ética em Washington, citado pela AP.
“Isto levanta questões sobre corrupção, já que levanta a possibilidade de estar a beneficiar financeiramente da posição e da presidência do pai, ou que pode o desempenho [de Ivanka] ser influenciado pela forma como os países tratam os seus negócios”, indicou.
Preocupações sobre a influência política sobre Ivanka e Donald Trump têm sido levantadas, de forma mais particular na China.
Responsáveis chineses sublinharam que todas as marcas registadas são analisadas de acordo com a lei, enquanto Abigail Klem, presidente da marca Ivanka Trump, argumentou que “o aumento dos pedidos de registo de marca por terceiros sem relação com ela” levou a empresa a agir rapidamente para garantir os seus direitos, sobretudo em regiões onde essa violação é comum.
De acordo com dados oficiais chineses, a última vez que a empresa de Ivanka Trump solicitou a aprovação das marcas registadas foi a 28 de março de 2017, um dia antes da filha de Donald Trump assumir funções na Casa Branca, como assessora.
Na segunda-feira, os mesmos registos indicavam que pelo menos 25 marcas registadas de Ivanka Trump aguardavam análise, encontrando-se 36 ativas e oito já com aprovação provisória.
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