O resultado, severamente influenciado pelas perdas do setor aéreo na pandemia de covid-19, indicou um aumento de 122,7% no prejuízo contabilístico face ao resultado negativo de 550 milhões de reais (85,8 milhões de euros) alcançado em igual trimestre de 2019.

Entre janeiro e setembro, a Azul acumulou prejuízo de 10,7 mil milhões de reais (cerca de 1,6 mil milhões de euros).

Em nota, o presidente da Azul, John Rodgerson, destacou que ao longo da pandemia a empresa foi a única no continente que manteve a sua liquidez “sem usar dinheiro” facto que lhe permitiu acompanhar a “recuperação da procura doméstico no Brasil, que tem sido um dos mais rápidos do mundo.”

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (da sigla em inglês Ebitda) da Azul ficou em 198,3 milhões de reais (30,9 milhões de euros) no terceiro trimestre do ano, resultado que indicou uma queda de 78,4% face ao montante obtido no mesmo período do ano passado, de 920 milhões de reais (143,6 milhões de euros).

A Azul informou que nos três primeiros trimestres de 2020 seu Ebitda somou 309,8 milhões de reais (cerca de 48,4 milhões de euros), uma redução de 87% face o mesmo período de 2019 quando a geração de caixa da empresa superou 2,3 mil milhões de reais (cerca de 360 milhões de euros).

Nos nove primeiros meses do ano, os investimentos líquidos da companhia aérea brasileira somaram 263 milhões de reais (41 milhões de euros), montante 71,7% menor do que os 928,1 milhões de reais (145 milhões de euros) investidos em igual período de 2019.

No quadro do consórcio Gateway, formado pelo empresário português Humberto Pedrosa e o empresário brasileiro David Neeleman, a Azul tinha uma participação de 45% na companhia area portuguesa TAP.

Em seu balanço financeiro, a áerea brasileira informou que no dia 2 de outubro “concluiu com sucesso a venda da sua participação acionária na TAP como parte do esforço de reestruturação da companhia aérea portuguesa liderado pelo governo local, captando cerca de 70 milhões de reais [10,9 milhões de euros]”.

A Azul também destacou que em 30 de setembro sua dívida estava em 18 mil milhões de reais (cerca de 2,8 mil milhões de euros), valor 4,8% menor em relação ao final do segundo trimestre.

Em 12 de novembro, a Azul concluiu com sucesso uma oferta pública de debêntures (títulos de dívida) conversíveis no Brasil de mais de 1,7 mil milhões de reais (270 milhões de euros), com juros de 6% e prémio de conversão de 27,5%.

A companhia frisou, no balanço financeiro sobre o terceiro trimestre, “que espera utilizar tais recursos para capital de giro, expansão de suas atividades de logística e outras oportunidades estratégicas que possam vir a surgir”.

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