O Banco de Portugal justifica esta medida com “a capacidade para absorverem potenciais perdas num ambiente de incerteza”, pelo que pede que às instituições que supervisiona a “não distribuição de dividendos relativamente aos exercícios de 2019 e 2020 até, pelo menos, 01 de outubro de 2020”.
Já na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) pediu aos bancos dos 19 países da zona euro para não pagarem dividendos, numa recomendação que deve ser aplicada, “pelo menos, até 01 de outubro”.
O BCE supervisiona diretamente os maiores bancos da zona euro (chamadas instituições significativas, que em Portugal são a Caixa Geral de Depósitos, BCP, Novo Banco), enquanto os bancos centrais de cada país (no caso o Banco de Portugal) supervisiona as menos significativas.
O BCP já anunciou que vai propor em assembleia-geral o cancelamento do pagamento de dividendos referentes a 2019, devido à incerteza associada à situação de pandemia.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 866 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 43 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 172.500 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
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