“A análise contou com dados recolhidos em mais de 2.300 lojas de associados da AMRR, de norte a sul do país, e referem-se à semana entre os dias 06 e 12 de julho. A quebra média fixou-se nos 40% face ao período homólogo”, indicou, em comunicado, a associação.
Segundo a AMRR, as lojas de ‘shoppings’ continuam entre as mais afetadas com perdas médias, desde a abertura ao público, que chegam a 42%.
“Desde a reabertura dos espaços comerciais de maior dimensão, no dia 01 de junho, e apesar das enormes promoções e liquidação de ‘stock’, as perdas de vendas dos lojistas têm vindo a agravar-se, fixando-se sempre na ordem dos 40%”, sublinhou a associação, destacando que junho foi o quarto mês consecutivo com elevados prejuízos para os lojistas, devido à redução das deslocações aos espaços comerciais.
Citado no mesmo documento, o presidente da AMRR defendeu a necessidade de uma “regulação equilibrada” e de apoios para manter a operação do setor e os mais de 375 mil empregos diretos e indiretos só nos centros comerciais.
“Não podemos ficar sentados à espera que haja um apoio efetivo por parte dos senhorios e dos fundos que detêm os centros comerciais. Os fundos anunciaram apoios de 305 milhões de euros que não passam, na maioria dos casos, de moratórias encapotadas que teremos de pagar mais tarde”, afirmou Miguel Pina Martins.
Este responsável lembrou ainda que foram anunciados perdões de rendas, por vezes, mediante “vinte vezes mais compromisso do lado dos lojistas em extensões de contratos até seis anos e com cláusulas abusivas nos contratos que obrigam os lojistas a renunciarem a direitos fundamentais”.
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