“Está praticamente finalizado um novo código da contratação pública, que se pretende simplificar, agilizar. Mas quando se fala em contratação, utilizando dinheiro público, é importante ter todos os controles e todas as reservas necessárias para que haja uma boa aplicação desses dinheiros públicos”, afirmou.
Jorge Mendes falava aos jornalistas em Viseu, onde participou na conferência “Mobilidade: planear, financiar, contratualizar”, e ouviu críticas aos constrangimentos colocados pelo código da contratação pública.
“Isso é um problema para todos nós e, desde logo, para o Estado central. Estamos a trabalhar sobre essa matéria, queremos que tudo corra bem e queremos, pelo menos, que em cada contrato público, seja escolhida a proposta que melhor serve o serviço público”, referiu.
A Câmara de Viseu tem neste momento em curso dois concursos internacionais no âmbito do sistema Mobilidade Urbana de Viseu (MUV).
“Penso que em dois anos, dois anos e meio, teremos todo o nosso sistema a funcionar e seremos a primeira cidade do país que tem uma lógica integrada do ponto de vista da sua mobilidade”, afirmou o autarca aos jornalistas.
Segundo Almeida Henriques, um dos concursos, o dos transportes – que engloba a mobilidade para o centro histórico, a mobilidade urbana, a mobilidade para as 25 freguesias e o transporte a pedido (‘on demand’) – já está adjudicado.
“Houve uma reclamação do segundo concorrente. Eu espero que este processo, apesar destes constrangimentos, esteja estabilizado até meados deste ano”, afirmou.
No outro concurso internacional, que diz respeito aos parques de estacionamento, já foram selecionadas as três empresas que passaram à fase seguinte, que terão de apresentar as suas soluções até 05 de maio.
“Como vamos ter os projetos até maio, eu espero até ao final do ano pelo menos termos escolhido o operador”, referiu.
Almeida Henriques prevê que, até ao final de 2018, o MUV possa estar a funcionar no que respeita aos transportes, ao estacionamento, à mobilidade suave (os cinco quilómetros de ecopista já estão desenhados para por a concurso) e ao Viseu Seguro (já em curso, com vista ao reforço da segurança de peões nas passadeiras).
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