Num comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) de Espanha após a reunião do Conselho de Administração, a Prisa informa que em causa estão duas injeções de capital – uma de 450 milhões de euros e outra de 100 milhões de euros –, que terão de ser aprovadas numa reunião extraordinária de acionistas a realizar-se na capital espanhola, Madrid, nos dias 15 e 16 de novembro.

A primeira operação envolve 450 milhões de euros, que serão conseguidos através de contribuições em dinheiro e sobre as quais os atuais detentores de ações na empresa terão preferência, pagando 1,2 euros por ação.

Paralelamente, haverá um segundo aumento de capital de 100 milhões de euros, suportado pelos credores que tenham dívidas na empresa e que queiram capitalizá-las, de forma voluntária, através da compensação por créditos. Aqui, prevê-se um valor de dois euros por ação.

O objetivo destas duas operações é “reestruturar a dívida, de modo a que a sociedade conte com uma estrutura financeira estável e sustentável”, indica a empresa na informação enviada à CNMV.

Segundo a agência espanhola de notícias Efe, prevê-se que, após este aumento de capital, o presidente executivo da empresa, Juan Luis Cebrián, deixe o cargo que desempenha desde 2012.

Este grupo espanhol, que detém a Media Capital, tem uma dívida que ronda os 1.500 milhões de euros.

Em meados de julho passado, dois anos depois de ter comprado a PT Portugal (Meo), a multinacional holandesa Altice anunciou que tinha chegado a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI, entre outros meios, numa operação avaliada em 440 milhões de euros.