"Relativamente ao IVA [Imposto sobre Valor Acrescentado] da energia, vamos ver o que vai acontecer, mas ficamos a saber esta semana que já podia ter sido reduzido desde abril. Portanto este Governo não é só incompetente, este Governo não é só incapaz de pôr o país a crescer, este Governo mente. Mentiu durante meses sobre não ter autorização de Bruxelas para baixar o IVA da energia. Era mentira”, disse João Cotrim Figueiredo.

O líder da IL disse que “não se compreenderia que não se fizesse a descida do IVA da energia”, considerando que “o Governo tem de baixar para a taxa mínima” como, “aliás, já fizeram a maior parte dos países que estão no mesmo barco”.

Na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto, onde visitou o mercado municipal, o líder da IL sublinhou que o Governo de António Costa “é mentiroso”, somando à questão da energia o episódio da nomeação não concretizada do antigo diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, para assessor no Ministério das Finanças.

“Também era mentira que era essencial ter um cargo de assessor no Ministério das Finanças para Sérgio Figueiredo. Também percebemos que não era nada essencial porque o cargo não vai ser preenchido. Começa a ser evidente que além de incompetente, este é um Governo mentiroso”, disse Cotrim Figueiredo.

Para a IL, “está na hora de os portugueses fazerem um bom exame de consciência para pensarem se é efetivamente um Governo incompetente e mentiroso que querem no poder”.

Já sobre as medidas de apoio às famílias, a IL diz que esperará para ver quantas delas “têm real impacto prático”.

“De anúncios por parte do PS estamos todos fartos”, frisou João Cotrim Figueiredo.

O presidente da IL defendeu que “os Governos não devem ter uma atitude assistencialista e protecionista em relação às pessoas”, mas sim ter uma rede de segurança que impeça que as pessoas com maiores dificuldades fiquem sem problemas.

“E essa rede existe. Existe a Segurança Social. A visão assistencialista de que o Estado, perante qualquer problema deve resolver os problemas das pessoas, desresponsabiliza as pessoas”, defendeu.

Sobre a recusa e António Costa em criar um imposto extraordinário para as empresas que estão a lucrar com a inflação, Cotrim Figueiredo disse concordar com essa posição, porque o contrário seria “uma forma encapotada de aumentar a influência do Estado”.

“Seria uma forma de intervenção na economia com a qual não estamos de acordo. A partir do momento em que um Governo se sente no direito de tributar o que se chama de lucros extraordinários, fica com obrigações: definir o que é ordinário e extraordinário. É um desafio que falharia redondamente”, referiu.

O jornal Público avançou na sexta-feira que essa foi uma medida pedida inclusivamente por vários deputados do Partido Socialista, mas que está fora do pacote de apoios que será apresentado pelo Governo, primeiro para as famílias e depois para as empresas.

João Cotrim Figueiredo falava aos jornalistas depois de conversar com comerciantes e clientes no mercado da Póvoa de Varzim, uma visita dentro o roteiro “Rotas Liberais” que diz ter como objetivo “ir ao terreno saber de viva voz o que preocupa as pessoas fora de campanha eleitoral e fora dos momentos políticos quentes”.

“Aqui constatei que estamos a começar a assistir à redução da capacidade de consumo as pessoas. A inflação começa a fazer a sua mossa”, concluiu.

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