Os valores relativos à atividade turística de agosto estão em linha com os avançados no início do mês, na estimativa rápida, apenas com uma ligeira diferença relativa à redução nas dormidas (47,2% na estimativa inicial), representando uma recuperação da atividade fortemente impactada pela pandemia de covid-19, depois das descidas de 63,8% e 67,8% de julho.
O setor do alojamento turístico (hotelaria, alojamento local com 10 ou mais camas e turismo no espaço rural/de habitação) registou assim 1,9 milhões de hóspedes e 5,1 milhões de dormidas em agosto, confirmou também o INE.
De acordo com o INE, as dormidas de residentes diminuíram 2,1% (-29,4% em julho) e as de não residentes recuaram 72,0% (-84,7% no mês anterior).
Os proveitos totais registaram uma queda de 48,9% (depois da descida de 69,8% em julho), fixando-se em 326,5 milhões de euros.
Os proveitos de aposento, por sua vez, atingiram os 258,5 milhões de euros, diminuindo 49,2% (-69,8% no mês anterior), segundo a informação de agosto atualizada hoje divulgada.
Em agosto, o mercado interno (com um peso de 66%) contribuiu com 3,4 milhões de dormidas, o que representou um decréscimo de 2,1% (-29,4% em julho).
As dormidas dos mercados externos diminuíram 72% (-84,7% no mês anterior) e atingiram 1,7 milhões.
No conjunto dos primeiros oito meses do ano, verificou-se uma diminuição de 62,5% das dormidas totais, resultante de variações de -37,1% nos residentes e de -73,6% nos não residentes, sinaliza o INE.
Em termos regionais, em agosto, todas as regiões registaram decréscimos das dormidas, registando-se as menores diminuições no Alentejo (15,3%), Centro (27,7%) e Algarve (39,1%).
As maiores reduções verificaram-se na Madeira (72,2%), nos Açores (69,1%) e na Área Metropolitana de Lisboa (68,6%).
O Algarve concentrou 41,1% das dormidas, seguindo-se o Norte (16,4%) e o Centro (15,3%).
No conjunto dos primeiros oito meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (38,6%), o Centro (52%) e o Norte (57,4%).
Em agosto, registaram-se crescimentos do número de dormidas de residentes no Algarve (com mais 9,9%), no Alentejo (3,9%) e no Centro (1,1%), o que não acontecia desde o início da pandemia.
Neste mês, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo registou a menor diminuição (-57,7%), enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 65%.
A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,69 noites) reduziu-se 6,8% (-11,2% em julho), com a estada média dos residentes a aumentar 2,6% e a dos não residentes a diminuir 6,6%.
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (42,3%) recuou 26,4 pontos percentuais em agosto (35,3 pontos percentuais em julho).
As taxas de ocupação mais elevadas registaram-se no Algarve (56,0%) e no Alentejo (52,3%).
(Notícia atualizada às 13h18)
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