“É necessário que se diga que o Orçamento não é tudo nem determina tudo o que se impõe concretizar para dar resposta aos problemas com que os trabalhadores, o povo e o país se confrontam”, considerou hoje Jerónimo de Sousa, falando na Horta, ilha do Faial, no final de uma visita de dois dias aos Açores a propósito das eleições que se avizinham no arquipélago.
Falando antes de ser conhecido que o Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, o líder comunista realçou que “há respostas cuja premência não pode ficar à espera” da implementação do documento.
Em causa, entre outros, está o aumento geral dos salários, a subida do salário mínimo para 850 euros “no curto prazo”, a revogação de “normas gravosas” na legislação laboral ou o aumento do investimento público, nomeadamente em áreas como a saúde, a braços com o combate à pandemia de covid-19.
No que refere ao sufrágio nos Açores, no próximo dia 25, Jerónimo advogou que “cada deputado a mais” eleito pela CDU (que junta PCP e Os Verdes) “é um deputado a menos na mão dos que tudo prometem nas eleições mas logo esquecem quando os votos são contados”.
E concretizou: “Queiram os trabalhadores e o povo açoriano dar-nos a força necessária para concretizar e seguramente teremos uma região com mais justiça social”.
A proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano será entregue pelo Governo na Assembleia da República na segunda-feira.
Na quinta-feira, o Conselho de Ministros esteve reunido desde as 09:30 até perto das 20:00 e aprovou a proposta de Orçamento “na generalidade”, mas com “alguns temas por fechar” pelo executivo, adiantou à agência Lusa fonte oficial do Governo na altura.
O Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano e a proposta de Lei das Grandes Opções, anunciou o Governo em comunicado.
Depois de entregue pelo Governo na segunda-feira no parlamento, a proposta de Orçamento é depois votada na generalidade em 28 de outubro, estando a votação final global do documento marcada para 26 de novembro.
No sábado, o primeiro-ministro afirmou estarem “criadas as condições” para um acordo com o BE e o PCP para a aprovação do OE2021.
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