Com o valor de 16.185.440 de euros, o orçamento regista “um aumento, em relação a 2017, de 2.364.513 euros (17%), que se deve especialmente ao montante de candidaturas aprovadas no âmbito do Portugal 2020 e do Programa Valorizar, que significam 3.953.487 euros e que terão execução” no próximo ano, refere em comunicado a Câmara Municipal, a que preside Luís Antunes.

“Os documentos aprovados são reveladores da estabilidade financeira da autarquia e da prioridade assumida de investimento nas pessoas, bem como a ambição de, passo a passo, de forma estruturada, construir um concelho cada vez mais inclusivo, competitivo e atrativo”, afirma o autarca do PS, citado na nota.

Aprovados pelo executivo, no dia 20 de novembro, com uma abstenção do único vereador do PSD, o orçamento e as grandes opções do plano (GOP) foram ratificados também pela Assembleia Municipal, no dia 29, com votos favoráveis do PS e da CDU e abstenções do PSD e do Bloco de Esquerda.

“O exercício de 2018 irá caracterizar-se por diferentes desafios, nomeadamente com um novo paradigma da gestão autárquica, com o reforço de competências sociais nas áreas da educação e ação social, águas, saneamento e resíduos e também a conservação de estruturas existentes que levam a que seja necessária uma nova visão e atuação na gestão autárquica”, adianta a autarquia.

O orçamento “suporta um forte investimento público em eixos e medidas estruturantes para o desenvolvimento do concelho, nomeadamente as intervenções no âmbito do Plano de Ação para a Regeneração Urbana (PARU)”, que inclui a reabilitação e requalificação de edifícios e espaços municipais, como o Cine-Teatro, e ainda intervenções no âmbito do Programa Valorizar, “para a melhoria da acessibilidade em diversos equipamentos públicos”, a modernização da zona da piscina da Senhora da Piedade, a criação de um circuito pedonal entre este equipamento e o Cabo do Soito e a instalação de rede 'wi-fi' em diversos pontos do concelho.

“De realçar que 27% deste orçamento se destina a investimento, sendo os investimentos previstos reveladores do trabalho desenvolvido e do posicionamento da Câmara Municipal no atual quadro comunitário”, segundo a nota.

O orçamento para 2018 “mantém o investimento nas pessoas, assumindo os projetos uma especial atenção às questões sociais, sendo cerca de 1.155.000 euros destinados a despesas eminentemente sociais, como a ação social escolar, as refeições e transportes escolares, o apoio a instituições e o apoio a famílias em situação de vulnerabilidade económica e social”.

Também as funções económicas “assumem uma importância acrescida, com cerca de 2,6 milhões de euros de investimento que são elucidativos da aposta no desenvolvimento sustentado”.

A Câmara da Lousã, no distrito de Coimbra, pretende “continuar a melhorar todos os indicadores económico-financeiros, cumprir todos os limites legais de endividamento, continuar sem pagamentos em atraso e estabilizar o prazo médio de pagamentos”.