Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP justifica a queda dos lucros devido aos escassos recursos renováveis (pouca chuva e pouco vento), afetando a produção das barragens e das centrais eólicas, apesar da expansão do portfólio de ativos neste período.
"O crescimento nas redes no Brasil, comercialização e a expansão do portfólio renovável foi anulado pelos efeitos de fracas hidraulicidade e eolicidade e elevada taxa efetiva de imposto no trimestre (27%), acima da taxa esperada para 2019", refere.
Entre janeiro e março, o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da elétrica totalizou 921 milhões de euros, o equivalente a uma subida homóloga de 3%.
Por sua vez, os resultados financeiros líquidos desceram, no período em causa, 43% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, para -180 milhões de euros.
Já a dívida líquida da empresa liderada por António Mexia aumentou 268 milhões de euros no primeiro trimestre para 13,7 mil milhões de euros, “reflexo de aceleração de crescimento e do pagamento a fornecedores de imobilizado”.
O investimento operacional consolidado, por seu turno, ascendeu a 344 milhões de euros, “reflexo da estratégia de diversificação do portefólio a nível geográfico”, sendo que 32% do investimento operacional foi alocado ao Brasil, 15% na América do Norte, 43% na Península Ibérica e 10% no resto da Europa.
A capacidade instalada total da EDP avançou 2% em termos homólogos, tendo atingido 27,2 Gigawatts em março, resultado “da entrada em operações de novos parques eólicos”.
Também em março, 74% do portfólio da EDP correspondia a capacidade renovável.
Em termos de produção total, nos primeiros três meses do ano, o peso das renováveis ascendeu a 69%.
“A EDP mantém o enfoque na aposta na satisfação dos clientes, qualidade de serviço e maior envolvimento com os seus clientes, cujo portfólio ascende a 11,4 milhões da Península Ibérica e Brasil”, lê-se no documento.
Na sessão de hoje da bolsa, a EDP subiu 1,05% para 3,19 euros.
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