"Indicadores de atividade revelaram leituras tendencialmente positivas (negativas ao nível dos serviços, mas favoráveis ao nível do comércio externo e, de forma menos notória, da construção), continuando a permitir-nos sustentar as nossas perspetivas de um crescimento em cadeia do PIB entre 0,2% e 0,4%, no terceiro trimestre", afirmam os analistas do Montepio.

No semanal de economia e mercados divulgado hoje, os economistas do Departamento de Estudos do Montepio afirmam que, entre julho e setembro, a economia "deve ser suportada tanto pela procura interna, como pelas exportações líquidas, que deverão ter continuado a recuperar do forte contributo negativo observado no arranque do ano".

Tendo em conta os indicadores de atividade económica divulgados na semana passada, o Montepio admite que deverá verificar-se um "forte acréscimo" no setor dos serviços no terceiro trimestre, depois da queda registada em julho, e "uma subida mensal da produção na construção", apesar da queda nos últimos meses, "mas que se antecipa revertida com os dados de agosto e setembro, com o setor da construção a dever também suportar a economia no atual trimestre".

Além disso, o departamento de estudos destaca o "forte desagravamento do défice comercial de bens", o que sugere "um novo contributo positivo das exportações líquidas para o crescimento do PIB no terceiro trimestre".

Assim, o Montepio prevê que a economia cresça entre 0,2% e 0,4% no terceiro trimestre face aos três meses anteriores, depois de ter apresentado crescimentos em cadeia de 0,2% no primeiro trimestre e de 0,3% no segundo.