Segundo um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico – OCDE hoje divulgado, estas estimativas não incluem as perdas adicionais relacionadas com menor produtividade e menor emprego das pessoas que vivem com doenças crónicas.
O documento refere que são 550 mil as mortes prematuras de pessoas entre os 25 e os 64 anos nos países da União Europeia a cada ano, resultando na perda potencial de 3,4 milhões de anos produtivos.
Nas doenças crónicas estão incluídos cancros, diabetes, doenças respiratórias ou patologias cardiovasculares.
Embora o diagnóstico precoce e os melhores tratamentos tenham aumentado substancialmente a percentagem de pessoas que sobrevivem a estas doenças, muitos países ainda têm dificuldades em aumentar as taxas de sobrevivência ao cancro, por exemplo.
Para a OCDE, a carga da saúde nos gastos com benefícios sociais é elevada, no entanto os estados-membros da União Europeia (UE) destinam apenas cerca de 3% em média dos seus orçamentos de saúde à saúde pública e à prevenção.
O relatório mostra um crescimento dos gastos em saúde, que foi lento em muitos países em 2015, representando no conjunto 9,9% do PIB da UE.
Enquanto Alemanha, Suécia e França gastam cerca de 11% do seu PIB em cuidados de saúde, os países mais orientais da UE tendem a gastar muito menos, entre 5% a 6%. Portugal situa-se, com 8,9% do PIB, abaixo da média da UE.
Em todos os países se prevê que a percentagem da despesa com saúde aumente nos próximos anos, sobretudo devido ao envelhecimento da população e às novas tecnologias de diagnóstico e terapêutica.
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