No relatório com as previsões económicas mundiais divulgado hoje (‘Economic Outlook’), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro cresça 1,2% este ano, duas décimas acima da anterior previsão.

Em março, na atualização intercalar das suas previsões económicas (‘Interim Economic Outlook’), a OCDE tinha descido para 1% a expansão da economia da zona euro.

A OCDE antecipa que a Alemanha cresça 0,7% este ano, enquanto o PIB de Itália deve estagnar e o do Reino Unido crescer 1,2% este ano (acima dos 0,8% projetados em março).

Para 2020, a OCDE também melhorou em duas décimas a estimativa para a evolução da economia da zona euro, para 1,4%.

A OCDE indica, contudo, que antecipa que o crescimento se mantenha “modesto, abaixo de 1,5%”, frisando que “a incerteza política e as tensões comerciais continuarão a penalizar as exportações e o investimento privado”.

Além disso, a entidade indica que devido à “forte participação das empresas da zona euro nas cadeias de valor globais, uma nova escalada das tensões no comércio mundial iria pressionar negativamente as exportações e o investimento”.

E a OCDE indica ainda que um ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia) desordenado também colocará pressão acrescida sobre a evolução económica, com os países com maiores ligações ao Reino Unido a serem mais atingidos.

De igual modo, um abrandamento maior que o esperado nas economias emergentes reduziria a procura externa e poderia provocar instabilidade financeira.

Do lado positivo, frisa a OCDE, ações combinadas para aumentar o investimento público e implementar reformas estruturais nos mercados de produtos ajudariam a zona euro a recuperar de um crescimento anémico de longa data da produtividade”.

O economista-chefe da OCDE, Laurence Boone, antecipa que a combinação de reformas estruturais na zona euro que aumentem o crescimento da produtividade em 0,2 pontos percentuais por ano durante cinco anos e um estímulo orçamental de três anos na ordem de 0,5% do PIB em países com menores níveis de dívida para financiar o investimento público, “não resultaria apenas num maior crescimento no curto prazo, mas também aumentaria o PIB em cerca de 1% no longo prazo”.

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