Estas palavras foram proferidas por António Costa no início da entrevista que concedeu à SIC e que foi conduzida pelo jornalista José Gomes Ferreira, com quem travou alguns momentos de debate.

Interrogado sobre o curso das negociações do Orçamento do Estado para 2018 com o Bloco, PCP e PEV, o primeiro-ministro disse que os trabalhos se encontram "ainda numa fase muito embrionária".

Porém, numa alusão ao período entre o presente e as férias de agosto, António Costa declarou que espera até lá ter "um desenho geral" do orçamento.

"Nos meses de agosto e setembro, a administração pública e os ministérios fazem os seus próprios orçamentos. Nessa altura, era importante que as medidas de política estivessem, no essencial, desenhadas", justificou.

Sobre a reforma do IRS, António Costa confirmou a posição já esta manhã transmitida na sede do PS pelo seu ministro das Finanças, Mário Centeno, no sentido de que haverá um progressivo desdobramento dos escalões de rendimentos, pretendendo-se que em 2018 seja criado um novo entre os atuais primeiro e segundo.

Tal, segundo o primeiro-ministro, "permitirá uma redução da tributação dos rendimentos mais baixos do segundo escalão".

Em 2017, o segundo escalão do IRS varia entre os 7.091 e os 20.261 euros e a taxa marginal situa-se nos 28,5%.

"Não temos neste momento a medida fechada e, por isso, não vou falar em números. No Orçamento, não é possível isolar uma só medida, porque é um todo. Quando se diminui a receita fiscal em IRS, isso significa que vamos ter de diminuir outras despesas ou aumentar outras receitas", alegou o líder do executivo.

Neste capítulo, o primeiro-ministro referiu também que o Governo tem procurado aumentar a progressividade ao nível das deduções, "o que já aconteceu em matéria de descendentes".

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