António Costa falava no início de uma reunião com o Grupo Parlamentar do PS, de forma inédita aberta à comunicação social, ocasião em que apresentou as principais linhas da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2019.
O líder socialista começou por se dirigir àqueles que em novembro de 2015 adotaram uma atitude cética em relação à viabilidade da solução política do atual Governo minoritário socialista, suportado no parlamento pelo Bloco de Esquerda, PCP e PEV.
"Estou aqui hoje a apresentar ao Grupo Parlamentar do PS o quarto e último Orçamento desta legislatura. Sublinho quer o quarto quer o último porque, quando iniciámos esta legislatura, muita gente não acreditava que aqui estaríamos para apresentar o quarto orçamento", disse.
A seguir, António Costa usou o humor para defender uma mudança que considerou ter sido introduzida pelo seu Governo no que concerne à correção das previsões de contas públicas feitas em cada proposta orçamental.
"Quem se habituou à governação anterior [PSD/CDS] duvidava que só houvesse um Orçamento por ano. Achava até que era norma haver um Orçamento mais um retificativo por ano", referiu, provocando risos na plateia.
O humor também esteve presente na curta introdução da reunião feita pelo presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César.
Numa alusão ao facto de o ministro das Finanças, Mário Centeno, apenas ter entregado a proposta de Orçamento no parlamento, na segunda-feira à noite, pelas 23:48, 12 minutos antes do prazo limite, Carlos César comentou então que tinha dado jeito "a hora açoriana" em Lisboa.
Nos Açores, de onde é natural Carlos César, quando a proposta de Orçamento do Estado entrou na Assembleia da República, eram 22:48.
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