Segundo o documento entregue na segunda-feira no parlamento, “num total de 42 milhões de euros em 2020 enquadram-se ações como a conclusão da empreitada de reparação e conservação das pontes 25 de Abril e do Guadiana (seis e sete milhões de euros, respetivamente)”.

Estão ainda contempladas a continuação da requalificação integral/duplicação do IP3 entre Coimbra e Viseu, uma intervenção de cerca de sete milhões de euros, e o início da empreitada de ligação rodoviária entre Escariz e a A32 (14 milhões de euros).

Com um valor estimado de 12,6 milhões de euros, as obras de reparação e conservação da Ponte 25 de Abril começaram formalmente em 19 de dezembro de 2018 e têm conclusão prevista para o final do ano de 2020.

Para Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, a conclusão dos trabalhos em 700 dias, sem condicionar o trânsito, atenua o impacto na vida dos cidadãos e utilizadores da infraestrutura que liga Almada a Lisboa.

O ministro, durante uma visita às obras da Ponte 25 de Abril em março deste ano, indicou que a infraestrutura requer um cuidado especial, lamentando o adiamento da intervenção.

"São muitos quilómetros de infraestrutura. Esta não é uma obra qualquer. É a Ponte 25 de Abril, obriga a um cuidado especial. E durante vários anos fomos adiando uma intervenção", declarou o governante.

A Ponte 25 de Abril serve, atualmente, cerca de 300 mil utilizadores todos dias, por rodovia e ferrovia.

Também as obras na Ponte do Guadiana estão com um atraso de dois anos, já que deviam ter acabado em 2018, mas ao contrário do que estava planeado, as obras na ponte internacional do Guadiana só estarão terminadas no final de 2020, segundo uma nota das Infraestruturas de Portugal (IP), divulgada em abril.

O atraso de dois anos justifica-se com a autorização concedida pelos ministérios das Finanças e do Planeamento e das Infraestruturas àquela empresa pública para “proceder à repartição de encargos relativos ao contrato da empreitada.

As obras, anunciadas em junho de 2017 pela IP e por Pedro Marques, então ministro do Planeamento e Infraestruturas, tinham um prazo de conclusão previsto de 525 dias. O seu anúncio foi assinalado com uma cerimónia realizada junto à ponte que seria intervencionada.

A exequibilidade dos prazos previstos para a obra ficou ainda mais comprometida quando, “já na fase de desenvolvimento dos trabalhos, se verificou a existência de uma maior amplitude e diversidade de elementos a intervencionar, tendo-se concluído pela necessidade de se proceder à substituição integral do sistema de tirantes existente na ponte”.