O candidato à liderança social-democrata, que falava à Lusa à margem de um encontro com militantes, que decorreu à porta fechada, em Ponta Delgada, explicou que “rejeitaria, sem sombra de dúvidas, este Orçamento” porque “ele tem por trás um programa de Governo contra o qual” o candidato e o partido se posicionam.
Luís Montenegro afirmou, ainda, que “este Partido Socialista, que está casado com o Partido Comunista e com o Bloco de Esquerda, está a fazer Portugal perder tempo”.
“Não estamos num tempo de emergência, estamos num tempo de normalidade, que vem a seguir a um período em que tivemos que recuperar o país da bancarrota em que os socialistas o deixaram, e devíamos estar a acumular mais criação de riqueza, mais poupança e mais condições para termos um período longo de crescimento, que nos aproximasse do resto da Europa. Mas não é isso que está acontecer”, concretizou.
Para o antigo líder parlamentar da bancada social-democrata, “de nada vale haver agora grandes intenções, grandes tiradas de propaganda, quando depois, durante o ano, tudo fica cativado, tudo fica na gaveta do investimento”.
“Não tenho nenhuma expectativa, nem grande esperança de que este Orçamento de Estado traga alguma melhoria de qualidade de vida efetiva para os portugueses”, rematou.
Além de Luís Montenegro, são candidatos à liderança do PSD o atual presidente Rui Rio e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.
As eleições diretas para escolher o próximo presidente social-democrata realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o Congresso entre 07 e 09 de fevereiro, em Viana do Castelo.
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