“Para as empresas há metade do que vai ser dado em aumento da massa salarial para a função pública”, afirmou João Cotrim de Figueiredo na abertura do debate, na generalidade, do OE2021, na Assembleia da República.

E criticou os “1.700 milhões de euros que, para já, vão ser enterrados na TAP”, enquanto “há filas de espera sem fim de milhões de consultas e centenas de milhar de cirurgias”.

A conclusão, em jeito de pergunta do deputado único da IL, é se os portugueses, ao olharem o Orçamento do Estado, “não pressentem desorientação”.

Na resposta, o primeiro-ministro respondeu com um “não”, afirmando que o que os portugueses verão é “coerência” com a política iniciada em 2015, quando chegou ao poder, com o apoio parlamentar da esquerda e acrescentou que o Governo “tem enfrentado da melhor forma que é capaz uma crise [pandémica] que nunca ninguém imaginou ou enfrentou”.

Numa nota pessoal, Costa revelou que, quando se reuniu com a Iniciativa Liberal, na véspera de decretar o encerramento das escolas, em março, João Cotrim Figueiredo lhe disse que teria todo o seu apoio - “porque vamos ter 35 mil mortos se não se fizer nada”.

“Felizmente, o país está muito longe dessa dimensão catastrófica”, disse.

E nas críticas à questão da TAP, António Costa criticou Cotrim Figueiredo não ter em conta a crise na aviação que pôs “em terra” os aviões e cancelou “80% dos voos”.