“Dia após dia vemos atentados à liberdade económica. Há 15 dias o primeiro-ministro dizia que ia baixar os impostos ao desdobrar dois dos escalões e ontem soubemos que está a negociar com o Partido Comunista o englobamento de rendimentos”, apontou João Cotrim Figueiredo.

Neste sentido, o líder da Iniciativa Liberal acrescentou, numa iniciativa de campanha autárquica em Viseu, que o primeiro-ministro “desce com uma mão com grande fanfarra e às escondidas sobe os impostos” dos portugueses.

“Onde ficamos? Vale tudo para fazer aprovar orçamento? Vale tudo em campanha? Mesmo que isso dificulte os portugueses? Mesmo que isso dificulte o mercado de arrendamento? Não, com a IL, com cada vez mais influência, nenhum desses abusos continuará”, afirmou.

Num comunicado da IL, o partido explica que a intenção de tornar obrigatório o englobamento atualmente é opcional para os contribuintes, considerando que tal medida “revela uma profunda hipocrisia do PS e dos partidos à esquerda que lhe dão suporte”.

O documento refere que “uma tributação agravada dos rendimentos prediais levará alguns proprietários a aumentar o valor pedido pelas rendas e muitos outros a perder interesse em investir para arrendar”.

“A consequência óbvia será a rarefação da oferta e dificuldades agravadas para todos os que procuram casa para arrendar. É exatamente isto que o PS e os seus parceiros estão a preparar enquanto os seus candidatos autárquicos prometem, durante a campanha eleitoral, soluções mirabolantes e impossíveis de concretizar”, acusa a IL.

Em Viseu, João Cotrim Figueiredo disse ainda que esta campanha eleitoral, para as eleições autárquicas de domingo, “demonstrou a absoluta necessidade de haver no espetro político português um partido como a Iniciativa Liberal”.

Isto, porque, justificou, “quando se fala em liberdade política, implica, por exemplo, não ter uma campanha autárquica, pejada de confusão entre um partido que acha que manda e o Estado”.

“A ter ministros a falar em nome do PS como se fosse exatamente a mesma coisa. Ter automóveis do Estado e meios do Estado ao serviço da campanha do PS, como no passado tivemos alterações nas regras das CCDR [Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional] para perpetuar o poder do PS”, acusou.

O também único deputado do partido no parlamento, acrescentou que “o PS, com a ajuda do PSD, tentou dificultar as candidaturas independentes nas autárquicas” o que, no seu entender, “nada disto é normal e é a IL que tem combatido impiedosamente estes abusos”.

“Também não é normal que, em muitos concelhos, nós e admito que outros partidos, tenham tido dificuldade em completar as suas listas, porque as pessoas têm medo de dar a cara. Não é normal, isto não é um país saudavelmente democrático”, acusou.

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