De acordo com um relatório de atividades de fevereiro da AMT, “ao período de dois meses corresponde um acréscimo global de 627 mil toneladas, com destaque para o contributo dos portos de Sines [+744 mil toneladas], Leixões [+110 mil toneladas] Setúbal [+90 mil toneladas] e Viana do Castelo [+26 mil toneladas] na anulação das quebras registadas nos portos de Lisboa [-208 mil toneladas, Figueira da Foz [-88 mil toneladas], Aveiro [-37 mil toneladas] e Faro [-9 mil toneladas]”.
O desempenho global positivo do sistema portuário do continente resultou das tipologias de carga ‘produtos petrolíferos’ (+451 mil toneladas), ‘carga contentorizada’ (+435 mil toneladas), ‘carvão’ (+174 mil toneladas) e ‘carga fracionada’ (+121 mil toneladas), inversamente às quebras de ‘petróleo bruto’, ‘outros granéis sólidos’ e ‘produtos agrícolas’.
Segundo a AMT, “os acréscimos registados nos 32 mercados com desempenho positivo devem-se, em maioria, aos portos de Sines e de Leixões na ‘carga contentorizada’, ‘carvão’ e ‘produtos petrolíferos’, sendo que, “em termos de desempenho positivo, também o porto de Aveiro ganha destaque com a ‘carga fracionada'”.
Relativamente aos mercados com desempenho negativo, num total de 18 no período em análise, assinala-se o ‘petróleo bruto’ nos portos de Sines (-17,4%) e de Leixões (-24,8%), seguido da ‘carga contentorizada’ no porto de Lisboa (-14,4%), ‘outros granéis sólidos’ nos portos de Aveiro (-27%) e de Lisboa (-19,4%) e a ‘carga fracionada’ no porto da Figueira da Foz (-39%).
Os portos de Setúbal e Leixões registaram, até fevereiro, “a melhor marca de sempre” no segmento dos ‘contentores’, segmento que registou um aumento de 10% em termos de desempenho global, com 495.814 TEU [medida-padrão utilizada para calcular o volume de um contentor].
Também o porto de Sines registou um aumento de 14,1% face ao período homólogo de 2018, com um volume de 291.961 TEU, enquanto Lisboa e Figueira da Foz registaram variações negativas de 11,2% e 12,3% respetivamente.
A AMT nota que o porto de Sines manteve a liderança deste segmento de mercado em janeiro e fevereiro de 2019, com uma quota de 58,9%, mais 2,1 pontos percentuais face ao mesmo período de 2018, e que também o porto de Leixões aumentou a sua quota para 22,3% (+2,5 pontos percentuais), inversamente a Lisboa e Setúbal, com um decréscimo de 3,1 e 0,3 pontos percentuais, respetivamente.
Ainda no porto de Sines, é destacado o decréscimo do peso do ‘transhipment’ no volume movimentado no próprio porto e o “forte crescimento” no tráfego com o ‘hinterland’, que registou um acréscimo de 43,6%, superior em 24,3% ao volume movimentado em Lisboa e inferior em 27,4% ao porto de Leixões.
Em termos de escalas, o valor registado no período em análise (1.622) representa uma quebra de 3,9% face a 2018, assinalada em todos os portos à exceção de Setúbal (que aumentou 6,1%) e de Sines, que manteve o valor registado em 2018. A quebra mais significativa ocorreu em Lisboa e na Figueira da Foz.
Já no que concerne à arqueação bruta, o porto de Leixões assinalou “a melhor marca de sempre” nos períodos homólogos, tendo ultrapassado os 5,2 milhões, num acréscimo de 10,8%, sendo ainda assinalado o crescimento em Sines, com 15,5 milhões, correspondente a mais 10,9%. Os restantes portos registam uma quebra neste indicador, mais intensa nos portos de Lisboa e de Setúbal.
No período em análise, Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são apontados pela AMT como “os portos com perfil ‘exportador'” (com volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada), apresentando quocientes entre carga embarcada e o total movimentado de 55,5%, 69,8%, 53,8% e 100%, respetivamente.
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