Segundo a informação avançada pela Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), a cerimónia de tomada de posse decorrerá pelas 19:00 no Palácio da Bolsa, no Porto.
O anúncio da nomeação de Luís Onofre para a presidência da Confederação Europeia de Indústrias de Calçado (CEC), sucedendo ao italiano Cleto Sacripanti, foi feito em 10 de fevereiro pelo ministro Adjunto e da Economia, que considerou tratar-se da demonstração do prestígio internacional de Portugal nesta indústria e de “uma distinção não apenas à pessoa e à sua capacidade de liderança, mas também um reflexo da importância que a confederação europeia atribui ao setor em Portugal”.
Segundo Pedro Siza Vieira, assumir a presidência da CEC, que tem sede em Bruxelas, permitirá ao país “contribuir para a afirmação da indústria europeia, mas particularmente para a elevação da imagem de Portugal”.
“A forma como o mundo aprecia o percurso da indústria portuguesa de calçado é impressionante, é um caso de estudo e um exemplo internacional e no país”, sustentou.
Corroborando que assumir a presidência da CEC “é um prestígio” pessoal e para o setor, Luís Onofre pretende aproveitar o cargo “para ajudar a indústria portuguesa a ser cada vez mais reconhecida a nível internacional” e para avaliar com mais profundidade “algumas situações que se passam a nível da Europa”.
Esta é a segunda vez que Portugal assume a liderança da CEC. Em 2001, o então presidente da APICCAPS, Fortunato Frederico, ocupou por dois anos a presidência da confederação europeia.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no ano passado as exportações da indústria portuguesa de calçado aumentaram 1,54% (para 84,296 milhões de pares), mas recuaram 2,85% em valor (para 1.904 milhões de euros), interrompendo um ciclo virtuoso de oito anos consecutivos de crescimento.
Com mais de 1.500 empresas de calçado e 40.000 trabalhadores, o setor português de calçado tinha atingido em 2017 o máximo histórico das exportações, em torno dos 1.965 milhões de euros, equivalentes a mais de 83 milhões de pares de sapatos. O preço médio de exportação (26,54 dólares, praticamente o triplo do praticado a nível mundial) foi o segundo maior entre os principais produtores mundiais de calçado.
Segundo os dados do gabinete de estudos da APICCAPS, desde 2010 que se registavam aumentos sucessivos do valor exportado pela indústria portuguesa de calçado, onde foram desde então criadas 280 novas empresas e 7.092 novos empregos (10.227 se for considerado o emprego criado em toda a fileira).
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