No dia 14 de julho de 2017, a Prisa, anunciou em Madrid, em simultâneo com a Altice em Portugal, a venda a esta empresa da Media Capital, dona da TVI, por 440 milhões de euros, estando a concretização do negócio dependente da obtenção das autorizações legais do regulador.
No final de maio, a Autoridade da Concorrência (regulador) anunciou que tinha rejeitado os compromissos apresentados pela Altice para a compra da Media Capital por entender que “não protegem os interesses dos consumidores, nem garantem a concorrência no mercado”.
Reagindo a esta decisão, a Altice Portugal manifestou discordância da posição do regulador, afirmando não estar disponível “para apresentar quaisquer outros” compromissos.
Já antes, o presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, tinha afirmado no parlamento que há um “limite de razoabilidade” no processo de compra da dona da TVI, mostrando-se, no entanto, convicto de que o negócio iria ser concluído.
Agora, quase um ano depois de ter sido anunciado o negócio e após um longo impasse, a TVI deu conta da intenção do grupo espanhol de deixar cair a venda, depois de “vários adiamentos do prazo previsto para a concretização do negócio”, uma informação que já tinha surgido na imprensa no final da semana passada.
“A recusa por parte da Altice em acrescentar mais remédios à Autoridade da Concorrência foi um dos pontos-chave que levou o maior acionista da TVI a abdicar da venda do seu ativo em Portugal”, segundo a notícia avançada pelo referido canal de televisão.
A mesma fonte disse à TVI que estão a ser consideradas outras alternativas a esta operação que mantenham o crescimento do grupo.
Fonte oficial da Prisa contactada hoje pela Lusa disse que o grupo espanhol não tinha “comentários oficiais” a fazer.
Fonte da Altice, contactada pelo SAPO24 disse igualmente que não comentava.
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