No debate de urgência pedido pelo PS sobre o plano orçamental estrutural de médio prazo 2025-2028 entregue em Bruxelas, o deputado socialista António Mendonça Mendes criticou “a forma e o conteúdo” desta “trave mestra do novo modelo de governação económica da União Europeia”.
“É o regresso de um Governo a uma pratica de dissimulação com o país, comprometendo-se com Bruxelas com resultados diferentes daqueles com que se compromete em Portugal”, criticou, dando como exemplo as diferenças entre os referenciais de aumentos da remuneração dos trabalhadores.
A pergunta do deputado socialista é “a quem está o Governo a enganar”, ou seja, se “aos trabalhadores ou a Bruxelas”.
“É o regresso do pior do que há em política. Todos nós lembramos quando se prometia em Bruxelas cortes das pensões em pagamento e aqui se dizia exatamente o contrário. O que é que esconde mais o Governo em Portugal e que diz em Bruxelas”, questionou.
Para o antigo governante socialista, este plano marca também o “regresso aos tempos em que a palavra dada em tempo eleitoral é letra morta na governação”, referindo-se à questão do crescimento económico e recordando declarações do agora ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, quando este dizia que não era difícil pôr a economia portuguesa a crescer acima de 3%.
“Este plano é toda a expressão de ausência de visão politica e económica deste Governo”, condenou.
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