Desde que o governo começou a pagar o apoio trimestral de 90 euros às famílias mais vulneráveis que os funcionários públicos inscritos na Caixa Geral de Aposentações (CGA) não estão a receber. A razão prende-se pela falta de cruzamento de dados entre as duas instituições do Estado.

De acordo com o jornal Observador, a Segurança Social "não pagou o apoio trimestral de 90 euros a todos os funcionários públicos elegíveis que descontam para a CGA porque não sabe se recebem prestações que lhes dão direito à ajuda".

Em causa estão os funcionários que descontam para a CGA e que a Segurança Social, por não ter informação sobre esses abonos, não efetuou as transferências dos 30 euros mensais que o Governo deliberou atribuir às famílias mais vulneráveis para ajudar a mitigar a escalada do custo de vida.

Segundo o Observador apurou, no diploma que regula o apoio não há qualquer referência a "excluir os funcionários públicos que descontam para a CGA". O Bloco de Esquerda, entretanto, já tinha enviado um pedido de esclarecimento à tutela no início de junho, altura em foi paga a segunda tranche.

De acordo com Isabel Pires, deputada do BE, devia ter havido cruzamento de dados" de modo a não excluir essas famílias.